Correio de Carajás

Cinco vão representar sul e sudeste do Pará

Apesar do amplo fracionamento de votos, com políticos de outras regiões conseguindo surgir com bons resultados nas urnas daqui, os 39 municípios do sul e sudeste do Pará conseguiram eleger cinco deputados estaduais, três deles aqui de Marabá: Chamonzinho (MDB), Toni Cunha (PTB) e Dirceu ten Caten (PT). Os outros dois são: Alex Santiago (PR), de Redenção e Delegado Caveira (PP), de São Félix do Xingu.

Dentre eles, Chamonzinho foi o mais bem votado, sendo, aliás, o quinto com maior votação geral para a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), com 63.722 votos na coligação (MDB, DC, PSD), grupo que está alinhado com o candidato a governador Helder Barbalho (MDB).

Dirceu ten Caten ficou logo atrás, em sétimo lugar geral, sendo o candidato mais votado pelo PT, com 59.600 votos, garantindo a sua reeleição para o Legislativo estadual. Toni Cunha teve a 32ª melhor votação entre os 41 deputados eleitos, com 33.498 votos, estando na coligação PTB, PODE, PSL, PROS, AVANTE.

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Alex Santiago, do PR, teve 39.193 votos, ficando na posição 28 entre os mais votados, enquanto o Delegado Caveira, pelo PP, fez 16.325, na coligação com o PHS. Ele foi o penúltimo mais votado entre os eleitos.

CHAMONZINHO

Wenderson Azevedo Chamon, o Chamonzinho, tem 43 anos, é nascido em Marabá, filho do hoje deputado estadual João Chamon Neto e de Ângela Azevedo Chamon.  É empresário, casado com a jornalista Mariana Chamon e tem três filhas.

Começou a carreira política aos 25 anos de idade, sendo o vereador mais votado de Curionópolis. Quatro anos depois foi reeleito com o dobro de votos.  Em 2008, se lançou candidato a prefeito, pelo PMDB, conquistando 53,34% dos votos válidos. Em 2012 foi reeleito com mais de 60%.

Também foi presidente da União de Vereadores do Sul e Sudeste do Pará e presidente da Associação dos Municípios do Araguaia e Tocantins (AMAT).

Sobre a sua vitória nas urnas no dia 7, Chamonzinho agradeceu ao eleitorado pela confiança no seu trabalho e capacidade e às lideranças de vários municípios do Pará que o apoiaram nessa caminhada. “As urnas nos deram vários recados este ano e mostraram o interesse de renovação com responsabilidade. E foi sobre isso que falamos na nossa campanha, mostrando que temos uma vasta história política, já testados à frente de um município importante e conectados com a vontade do povo”

Questionado sobre o seu trabalho na Alepa a partir de 2019, Chamonzinho primeiro destacou que vai trabalhar bastante neste segundo turno pela eleição do governador que apoia: Helder Barbalho e que o Pará depende disso. “Temos muitos planos, temos claro o que é preciso fazer para melhorar a vida do nosso povo, mas isso passa pelo projeto de também elegermos um governador que se preocupe com o sul e sudeste do Pará”, defende.

 

Saiba sobre os demais deputados por Marabá

Dirceu ten Caten tem 28 anos, é natural de Marabá, advogado, atual deputado estadual. É solteiro, filho do ex-vice-prefeito Luis Carlos Pies e da ex-deputada Bernadete ten Caten, lideranças do PT no Município há muitos anos. Está com uma atuação considerada de destaque no seu primeiro mandato, e tendo base eleitoral forte junto a movimentos sociais e trabalhadores rurais.

Dirceu, reeleito, atribui votação a mandato coletivo

“Eu estou muito feliz, pois o resultado da minha eleição, demonstra que é possível se praticar um mandato coletivo. O meu mandato é presente em 97 municípios do Pará, onde cada pessoa faz parte da construção desse mandato ‘Bote Fé’”, avalio Dirceu ontem em fala ao Jornal CORREIO. Segundo ele, todos esses municípios receberam benefícios do mandato o que se reverteu agora, no quase dobro de votos da eleição anterior.

Sobre o que acredita ter feito diferença na sua campanha, ele respondeu: “Fizemos um trabalho de base muito bom. Foi uma campanha com pouca estrutura e pouco visual, mas com muito trabalho. Em todos os municípios eu estive, durante o mandato, pelo menos 5 vezes. Estar próximo da base, da militância, fez a diferença”.

TONI CUNHA

Antônio Carlos Cunha Sá (Toni) é natural de Belém, porém criado em Marabá, onde descende da tradicional família Cunha. Ele tem 36 anos, de estado civil solteiro. Delegado de Polícia Federal, ele foi chefe da DPF em Marabá, cargo do qual se licenciou em 2016, para concorrer e ser eleito vice-prefeito de Marabá. Na época pertencia ao partido Rede. Em 2018 filiou-se ao PTB, partido do prefeito Tião Miranda, seu apoiador para a Alepa.

atual vice-prefeito diz que bom momento da gestão local ajudou

“É o coroamento de um trabalho desde quando assumimos a Prefeitura de Marabá, junto com o atual prefeito, e colocando a casa em ordem. E a população reconheceu. É muito mais que isso aliás, é fruto da nossa história como delegado de Polícia Federal, primando pelo combate ao crime, especificamente a corrupção, que a gente entende que é o grande mal do país”, disse ao CORREIO.

Toni narra, ainda, que durante a sua campanha fez mais de 40 caminhadas pela cidade, de 4 a 5 horas todos os dias, ouvindo a comunidade. “Acho que é o que a população quer um político que fale a verdade, que não minta e que prometa trabalhar para melhorar a vida das pessoas, que é o objetivo da atividade política”.

O futuro deputado avalia que teve ótima votação, diante do fracionamento com grande número de candidatos ao cargo e vê como importante que a região tenha representatividade para poder cobrar políticas públicas eficazes. Ele teve 26.958 votos em Marabá.   (Da Redação)