Correio de Carajás

Ciclistas cortam Marabá em trilha de 1.300 km

Um grupo de amigos e uma missão desafiadora: percorrer 1.300 quilômetros em dez dias. Este foi o desafio encarado por seis ciclistas que pernoitaram em Marabá nesta quarta-feira (8). Com suas bicicletas, eles transitam nas alvoroçadas rodovias dos estados do Pará, Tocantins e Maranhão desde o último dia 4. A “2ª Cicloviagem Amigos na Estrada” partiu do município de Colinas do Tocantins, onde os aventureiros mantêm residência, passando por Conceição do Araguaia, Redenção, Canaã dos Carajás, Xinguara, Parauapebas e, também, Marabá.

Nossa equipe encontrou os ciclistas no Auto Posto Ferroviário, situado no Distrito Industrial de Marabá. Adriano Ribeiro, que lidera o longo trajeto, declara que a iniciativa surgiu no ano passado. “Este é o nosso segundo pedal. O idealizador mudou de cidade e não pôde estar conosco neste ano, mas nós compramos a ideia. Fomos amadurecendo a proposta até que saiu. Estamos aqui”, relata ele.

Adriano revela ainda que convidou várias pessoas para a aventura, mas apenas cinco toparam ir até o fim. “Nós lançamos o convite, só que como é um percurso muito longo, muitas pessoas ficaram com medo de não conseguir. Estes guerreiros aqui toparam a aventura, que está no quinto dia. A trilha está calculada em 1.300 km”, comenta.

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Um dos guerreiros que aceitaram o desafio é “Chico do Chambari”, como é conhecido pelos colegas ciclistas. Seu Chico tem 60 anos e é o mais velho da turma. Em contraponto, está o “Cenourinha”, de 19 anos. Ambos chamam a atenção de todos que acompanham a passagem pelas cidades e nas estradas dos três estados.

Para Adriano, as rodovias do Tocantins são as que oferecem melhores condições para o ciclismo. “Tocantins é o estado que possibilita um pedal mais seguro, por causa dos acostamentos. Lá, além do bom estado de conservação das estradas, há também acostamentos”, narra o aventureiro.

Adriano indica compreensão de caminhoneiros na estrada: “São os que mais respeitam”

No percurso, analisa Adriano, os caminhoneiros são os que mais respeitam o tráfego das bicicletas. “Os caminhoneiros são os que mais nos respeitam. Até o momento, não tivemos nenhum problema em transitar ao lado dos veículos pesados. Pelo contrário, às vezes até acenam para nós”, celebra a parceria construída pelo respeito no trânsito.

Como balanço do ciclismo, Adriano expõe que ainda nenhum pneu furou ou precisou de reparos. Houve apenas um incidente com o raio da bicicleta de um dos participantes. Eles carregam cobertores, roupas, kits de necessidades, barracas, colchonetes e câmaras de ar. As próximas cidades da rota são Imperatriz, Estreito, Araguatins, Araguaína e, por fim, Colinas. “Vamos em frente”, finaliza, pegando a bicicleta para o seguimento da viagem. (Da Redação)