As chuvas começaram ainda na madrugada de hoje (25) e seguiram até perto do meio-dia em toda a cidade de Parauapebas. Não foram fortes como aquelas do mês passado, que vieram acompanhadas das ventanias que derrubaram árvores e quebraram tetos, mas foram o suficiente para gerar alagamentos em diversos bairros da “Capital dos Minérios”.
É o caso do Cidade Jardim, figurinha carimbada quando se fala em buracos na cidade. Na esquina entre as ruas A15 com a H, a situação está precária, é o que explica um morador da área, Leonildo Souza.
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Segundo ele, o período seco, além dos buracos, vem acompanhado da poeira, e agora que se aproxima o período chuvoso, a Prefeitura resolve começar a realizar obras no local. Para piorar, uma delas foi deixada pela metade. Um bueiro foi aberto para colocar tubulações, mas os materiais ficaram jogados pelas redondezas.
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Além disso, as crianças enfrentam dificuldades em ir para a escola assim que saltam do ônibus escolar, já que as ruas estão esburacadas e cheias de lama. Diante do descaso, o morador cobra: “A gente sabe que Parauapebas tem recurso – e não é pouco”, enquanto relembra que diversos políticos aparecem durante o período eleitoral para pedir por votos.
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PONTE DESTRUÍDA
Já na região do Vale do Sol, os moradores enfrentam outro problema: uma ponte que dá acesso ao Bairro Tropical, construída pelo Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (PROSAP), está precária. A estrutura não apresenta qualquer segurança aos moradores, e parece ter sido feita de maneira improvisada. Uma peça de madeira era o que unia a armação de concreto à “terra firme”, mas foi levada pelas chuvas.
![](https://correiodecarajas.com.br/wp-content/uploads/2022/10/A-ponte-de-concreto-era-ligada-ao-Tropical-por-uma-pequena-estrutura-de-madeira-que-foi-levada-pela-chuva-1024x576.jpeg)
Agora, os moradores precisam correr riscos para atravessar de um bairro para o outro. Lindomar Alves da Silva, morador do Vale do Sol, está revoltando com a situação. “Eu acho isso aí uma falta de respeito muito grande com quem mora aqui no bairro”, reclama. O morador ressalta que a Prefeitura teve todo o período sem chuvas para realizar as obras, mas deixou para o pior momento.
Ainda de acordo com Lindomar Alves, é para o lado do Tropical que ficam as farmácias, supermercados e lojas de variedades, sendo essencial que a ponte esteja em pleno funcionamento. Além disso, muitas pessoas precisam atravessar também para ir aos seus empregos – tanto de um lado, quanto do outro. Agora, a população local aguarda por alguma resposta do Poder Público. (Clein Ferreira – com colaboração de Ronaldo Modesto)