Correio de Carajás

Chuvas expõem, mais uma vez, a fragilidade da infraestrutura da “Capital dos Minérios”

Os buracos dificultam a passagem de carros, motocicletas e também pedestres

As chuvas começaram ainda na madrugada de hoje (25) e seguiram até perto do meio-dia em toda a cidade de Parauapebas. Não foram fortes como aquelas do mês passado, que vieram acompanhadas das ventanias que derrubaram árvores e quebraram tetos, mas foram o suficiente para gerar alagamentos em diversos bairros da “Capital dos Minérios”.

É o caso do Cidade Jardim, figurinha carimbada quando se fala em buracos na cidade. Na esquina entre as ruas A15 com a H, a situação está precária, é o que explica um morador da área, Leonildo Souza.

 

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Segundo ele, o período seco, além dos buracos, vem acompanhado da poeira, e agora que se aproxima o período chuvoso, a Prefeitura resolve começar a realizar obras no local. Para piorar, uma delas foi deixada pela metade. Um bueiro foi aberto para colocar tubulações, mas os materiais ficaram jogados pelas redondezas.

Restos de tubulação de concreto podem ser vistos pelo local

Além disso, as crianças enfrentam dificuldades em ir para a escola assim que saltam do ônibus escolar, já que as ruas estão esburacadas e cheias de lama. Diante do descaso, o morador cobra: “A gente sabe que Parauapebas tem recurso – e não é pouco”, enquanto relembra que diversos políticos aparecem durante o período eleitoral para pedir por votos.

A buraqueira atrapalha a crianças que descem do ônibus para ir à escola municipal

PONTE DESTRUÍDA

Já na região do Vale do Sol, os moradores enfrentam outro problema: uma ponte que dá acesso ao Bairro Tropical, construída pelo Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (PROSAP), está precária. A estrutura não apresenta qualquer segurança aos moradores, e parece ter sido feita de maneira improvisada. Uma peça de madeira era o que unia a armação de concreto à “terra firme”, mas foi levada pelas chuvas.

A ponte de concreto era ligada ao Tropical por uma pequena estrutura de madeira, que foi levada pela chuva

Agora, os moradores precisam correr riscos para atravessar de um bairro para o outro. Lindomar Alves da Silva, morador do Vale do Sol, está revoltando com a situação. “Eu acho isso aí uma falta de respeito muito grande com quem mora aqui no bairro”, reclama. O morador ressalta que a Prefeitura teve todo o período sem chuvas para realizar as obras, mas deixou para o pior momento.

Ainda de acordo com Lindomar Alves, é para o lado do Tropical que ficam as farmácias, supermercados e lojas de variedades, sendo essencial que a ponte esteja em pleno funcionamento. Além disso, muitas pessoas precisam atravessar também para ir aos seus empregos – tanto de um lado, quanto do outro. Agora, a população local aguarda por alguma resposta do Poder Público. (Clein Ferreira – com colaboração de Ronaldo Modesto)