Os péssimos índices do Estado do Pará em todas as áreas, principalmente na saúde, educação, emprego e segurança pública impulsionaram a campanha de Helder Barbalho (MDB), que defendeu uma ruptura com o atual modelo de gestão. É o que avalia o deputado estadual João Chamon ao analisar a vitória do seu companheiro de partido nas urnas para governar o Pará a partir de 2019. Chamon foi coordenador da campanha em Marabá, e acredita que Helder une a experiência necessária, simboliza a renovação e tem a fibra e energia para conduzir os destinos do Estado, sobretudo promovendo o respeito aos regionalismos.
O deputado estadual falou ontem à Rádio Correio FM, em Marabá, após ter participado das comemorações na cidade, com direito a carreata na noite de domingo. “As urnas falaram por si, não há o que questionar. O paraense mostrou o que quer para o seu futuro. Vamos passar agora para o processo de transição e vamos, a partir de 1º de janeiro, viver um novo tempo. Agradeço a todos os que nos ajudaram a construir essa vitória. Tivemos de enfrentar a força da máquina estadual e da municipal contra o nosso projeto, e não foi fácil”, relata.
Na avaliação dele, o candidato da situação, Márcio Miranda (DEM), a quem disse ter grande respeito como seu colega na Assembleia Legislativa, carregou o nome de um governo extremamente desgastado, na visão de Chamon. “Com um governador cansado, trancado no palácio, sem vontade de administrar e o Estado caindo pelas tabelas”, elencou o parlamentar.
Leia mais:O presidente do diretório local do MDB destacou, ainda, que Helder precisará do apoio de todos os paraenses para ter um bom governo, pelo que é momento de desarmar os palanques e união de forças para colocar em prática o que está no plano de governo.
Para Chamon, o futuro governador tem entendimento completo das desigualdades regionais e das necessidades de cada região do Estado. “Somos companheiros de partido e amigos pessoais e em todas as viagens que fizemos juntos nessa campanha ele sempre demonstrava essa vontade e disposição de contribuir para mudar a triste realidade que vivemos”, destaca para reforçar que o sul e sudeste do Pará terão voz dentro do governo.
ORÇAMENTO
João Chamon viaja hoje cedo para Belém, para a primeira sessão da Alepa após as eleições e já prevê que o resultado das urnas deve centralizar os discursos no plenário, como é normal. De outro lado, ele lembra que a atual legislatura ainda tem o dever de discutir e aprovar o orçamento do Estado para 2019, o destino dos recursos do primeiro ano de mandato de Helder.
Essa responsabilidade enorme exigirá coordenação e diálogo desde já dentro do parlamento, e Chamon com a sua experiência dos últimos três anos será uma das vozes importantes. Os deputados eleitos este ano tomam posse apenas em fevereiro de 2019. Marabá elegeu três parlamentares: Chamonzinho (MDB), Dirceu ten Caten e Toni Cunha (PTB). João Chamon, por seu turno, será segundo suplente do senador Jader Barbalho. (Da Redação)