A Associação Protetora de Animais “Focinhos Carentes”, de Marabá, realiza o 1º Mutirão de Castração de Cães e Gatos, a ser realizado neste sábado e amanhã, dia 28, na Escola Municipal Evandro Viana, no São Félix III. Somente poderão passar pela cirurgia os animais que não foram diagnosticados com leishmaniose nos testes feitos no início deste mês e já foram cadastrados.
O objetivo do programa é diminuir a superpopulação e o abandono de animais na cidade de Marabá através do processo de castração gratuito. De acordo com Deyse Araújo, uma das coordenadoras da associação, 150 animais, entre cães e gatos foram selecionados para passarem pelo processo cirúrgico.
Ainda segundo a coordenadora, o projeto é voltado para atender pessoas de baixa renda e que não possuem acesso ao veterinário com condições de fazer a castração. “A superpopulação de cães e gatos é muito grande, um problema de saúde pública na nossa região, muitos animais errantes soltos, em conjunto decidimos fazer essa ação”, diz.
Leia mais:“Os animais de estimação podem ser reservatórios de várias doenças, que acometem tanto os animais como também as pessoas. A gente prevenindo a proliferação deles também estamos tratando a saúde pública. Em contrapartida estaremos prevenindo também maus tratos porque quando se tem uma ninhada, muitas vezes, quem tem esses animais muitas vezes nem tem como se manter”, afirma o veterinário Odilon José Claudino Soares, participante da ação.
Grupo vem da capital
Um grupo com 15 profissionais vindo de Belém chegou na manhã da última sexta-feira a Marabá para os procedimentos. Um dos integrantes é o veterinário Luiz Fernando Moraes, que participa pela primeira vez do projeto na cidade e afirma estar com grande expectativa para realizar os procedimentos. “Antes de submeter esses animais à cirurgia, fazemos exames clínicos para saber se eles estão aptos a fazerem o procedimento cirúrgico”, explica.
A veterinária Marideuzira Betania também é outra integrante do grupo que veio da capital. Segundo ela, um dos objetivos do programa é educar a população. “Queremos melhorar a educação, com relação a esse problema invisível, mas excessivo de casos de leishmaniose. É importante educar, orientar as pessoas sobre os cuidados com seus animais”, conta.
“Os animais são companheiros, mas eles precisam ser zelados, assim como as pessoas. Eles têm necessidades, então é muito importante informar a sociedade e fazer esse trabalho. A partir do momento que reduzimos a população de animais, podemos cuidar deles com mais atenção. É para isso que estamos aqui, com essa finalidade, tanto educativas quanto de orientação”, afirma.
O Programa
O programa é desenvolvido em parceria com a ONG “Veterinários da Amazônia”, composta por profissionais e estudantes voluntários, um projeto de Controle Populacional e Bem-Estar de Animais para a Saúde Pública. Além disso, atua também uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Marabá. (Karine Sued)