Correio de Carajás

Caso Giliard: Testemunhas mentiram sobre desaparecimento

Na tarde de ontem (10), durante coletiva, o Corpo de Bombeiros comunicou oficialmente que as buscas a Giliard Reis Santos, de 36 anos (desaparecido desde o dia 10 de abril), que haviam sido retomadas no último dia 6, foram oficialmente encerradas de novo, sem que ele tenha sido encontrado. Para a Imprensa, o delegado Elcio de Deus, que investiga o caso, confirmou que as testemunhas ouvidas por ele mentiram durante o depoimento, mas ele acredita que Giliard não foi assassinado como chegou a se suspeitar.

As testemunhas ouvidas pelo delegado foram Cândido Ribeiro Pimentel, Gilmar Racanelli e Valdeci Gomes da Trindade. Os três trabalhavam com Giliard em garimpos clandestinos de ametista e ouro na área da Reserva Biológica do Tapirapé, em Marabá, onde ele desapareceu sem deixar vestígios.

E era justamente para encobrir a atividade ilegal de garimpo existente naquela área que as testemunhas deram pistas erradas sobre a possível área onde Giliard desapareceu. “No inquérito ficou demonstrado que não havia qualquer interesse na morte de Gilliard naquela área. Cruzando os dados, as informações que nós obtivemos, nós descobrimos que todas as mentiras contadas durante as investigações, durante o processo de busca, foram para esconder a área e não há evidência nenhuma hoje de que o Gilliard tenha sido assassinado”, assegura o policial.

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Ainda de acordo com ele, uma dessas testemunhas foi convencida a prestar informações mais concretas sobre o possível local onde ele poderia ter desaparecido. Essa testemunha se dispôs a voltar ao local, mas novamente não houve sucesso nas buscas. Diante disso, o delegado confirmou que pedirá o arquivamento do inquérito até que surjam novos elementos, mas por enquanto não há mais o que se apurar em relação ao desaparecimento.

Major Paulo Cesar, do Corpo de Bombeiros, confirmou que a nova etapa de buscas contou com uma equipe composta por 10 homens do Exército, quatro militares do Corpo de Bombeiros, um policial civil e a testemunha chave que conduziu as equipes até a possível área, mas outra vez as buscas não deram em nada.

“Não houve vestígio nenhum. Mesmo assim, as atividades de busca continuaram. Fizemos todos os meios de busca na região, mas nós não encontramos novamente nenhum tipo de vestígio da pessoa desaparecida no local”, resumiu o oficial bombeiro. (Chagas Filho com informações de Evangelista Rocha)

 

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“No inquérito ficou demonstrado que não havia qualquer interesse na morte de Gilliard naquela área. Cruzando os dados, as informações que nós obtivemos, nós descobrimos que todas as mentiras contadas durante as investigações, durante o processo de busca, foram para esconder a área e não há evidência nenhuma hoje de que o Gilliard tenha sido assassinado”.