Correio de Carajás

Caso Flávia Alves: delegado diz que motivação ainda está sendo apurada

Delegados Leandro Pontes, Simone Felinto e Walter Neto falaram à imprensa/ Fotos: Evangelista Rocha

Em entrevista coletiva nesta manhã de sexta-feira (26), na Superintendência de Polícia Civil, sobre a morte de Flávia Alves Bezerra, o delegado Walter Ruiz Bogaz Neto disse que a motivação do crime ainda está sendo apurada e deu poucos detalhes a mais do que já é sabido diante do noticiário do caso. Não respondeu, por exemplo, quando questionado se os dois presos, William Araújo Sousa e Deidyelle Oliveira Alves, já assumiram autoria do crime.

Walter Neto é o presidente do inquérito e falou à imprensa ladeado dos colegas delegados Simone Felinto França e Leandro Pontes, que também participam da investigação. À maior parte dos questionamentos, o delegado respondeu, que os detalhes vão constar “ao final do inquérito”.

Ainda sobre os dois acusados, disse que “possivelmente serão responsabilizados pelo crime”. Já sobre a existência de um terceiro envolvido, o DPC disse que a pessoa existe, mas que ainda não foi qualificada (enquadrada numa tipificação criminal).

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Sobre a dinâmica do crime e a ocultação de cadáver, o policial também se limitou a dizer que está sendo apurada e vai constar no documento final. De outro lado, ele revelou que o local onde o corpo foi encontrado, enterrado em Jacundá, foi revelado por Deidyelle Oliveira.

Ao final, a delegada Simone Felinto, que já foi superintendente de Polícia, explicou que a ausência de detalhes para a opinião pública é necessária para não comprometer a investigação, ainda em andamento.

“A polícia traz a resposta que a população tanto tem cobrado da Polícia Civil. Cumprindo o papel da PC, chegamos à autoria, mas o inquérito continua. Ainda há muito a esclarecer”, disse o DPC Leandro Pontes.

Em questionamento de repórter do Correio sobre a possibilidade da vítima, Flávia, estar grávida, como é especulado em redes sociais, o delegado Walter também foi evasivo e disse que “será apurado”.

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Na data de ontem (25), o Superintendente Regional do Sudeste, delegado Vinicius Cardoso afirmou que no dia do fato a vítima encontrou o tatuador casualmente no bar e ao final da festa o homem teria dado carona à vítima tendo sido a última pessoa vista com ela: “As investigações apontam que o homem foi o executor do homicídio e posteriormente sua companheira teria colaborado para ocultar o corpo de Flávia”.

Ainda segundo a autoridade, a polícia trabalha para esclarecer a motivação do crime, mas a mulher presa confessou o fato e diz não saber porque seu companheiro teria cometido o crime e que foi pressionada para ocultar o cadáver.

(Reportagem: Thays Araújo / texto: da Redação)