A Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) é uma instituição de pesquisa e preservação histórico-ambiental fundada em 28 de dezembro de 1987 e sediada no município de Marabá. Mantida pela prefeitura local, tem como principal atividade a pesquisa e resgate histórico regional, sendo a maior e mais bem estruturada instituição do tipo no sudeste do Pará. Além de pesquisas, desempenha funções de museu histórico, antropológico e natural, além de escola.
É uma das entidades mais respeitadas do norte e nordeste do Brasil no âmbito da pesquisa, resgate e preservação ambiental e histórica. Em seu rico acervo, é onde nossos caminhos se cruzam. A instituição possui milhares de exemplares do jornal CORREIO. Dessa forma, recebe visitas diárias que pesquisadores que se dirigem até o lá afim de conseguirem fatos históricos que foram noticiados pelo jornal.
A equipe de reportagem visitou a fundação, que fica localizada na Folha 31 da Nova Marabá. A presidente da instituição, Vanda Regia Américo Gomes, foi quem nos recebeu e logo fomos convidados a passear pelo local. Ao longo da caminhada, Vanda nos contou um pouco da história da Casa da Cultura, que foi fundada em 1982, um ano antes do jornal.
Leia mais:“Acompanhei o surgimento do jornal. Ocorria na cidade naquele momento dois importantes acontecimentos. O surgimento da Fundação Casa da Cultura de Marabá e o nascimento do Jornal CORREIO. Desde então, caminhamos juntos, de forma natural. Ambos são praticamente da mesma idade”, disse.
“O jornal, nesses 36 anos de existência, divulgou tudo da nossa região. Na questão política, cultural, lá estava. O CORREIO é uma referência aqui em Marabá e a parceria com a fundação foi importante demais para a sociedade marabaense. Por reconhecer essa importância, hoje possuímos um acervo com praticamente todas as edições do jornal”, afirmou.
Acervo histórico
Para ela, o acervo que possuem na fundação acabou se tornando um ambiente de pesquisa para pessoas que estão produzindo trabalhos acadêmicos. “Muita gente vem aqui procurar os jornais para encontrar notícias de décadas passadas. O jornal acabou se tornando uma referência para os pesquisadores”, explicou.
Segundo o arquivologista da fundação, Thiago Marinho Cabral, praticamente todos os dias o acervo recebe a visita de pesquisadores. “Recebemos muitos historiadores, geógrafos, economistas que vem atrás de dados e acontecimentos antigos aqui de Marabá e da região. Além disso, também vem muitos estudantes aqui para usar os dados do jornal como fonte para os trabalhos de conclusão de curso”, esclareceu.
De acordo com Thiago, para não perderem o acervo com o grande número de visitantes que frequentam a casa, eles manuseiam com luvas e objetos específicos as folhas do jornal para que elas não sejam danificadas. E somente os profissionais da própria fundação estão aptos e autorizados para isso.
Jornal é marcante
“O CORREIO sempre esteve presente nos momentos históricos na cidade. Período de independência, liberação, consolidação da democracia, da compensação de grandes projetos que vieram para Marabá. O grande porta-voz da sociedade marabaense foi o jornal. Teve um papel fundamental no progresso da cidade”, declarou.
Segundo Vanda, o serviço prestado pelo CORREIO foi de suma importância para que diversas lutas se tornassem concretas. “O jornal noticiou quando lutávamos por uma universidade pública, por hospitais, mais voos na região. Não consigo dissociá-lo de Marabá. Ele esteve sempre muito presente em nossas vidas”, contou. (Karine Sued)