Correio de Carajás

Camponeses que vivem em área pública denunciam ameaças

Seis pessoas procuraram a redação do Correio de Carajás nesta manhã, segunda-feira (2), denunciando estarem sendo ameaçadas pelo mesmo homem na região onde vivem, conhecida como Colônia Pinheirinho, a 12 quilômetros do centro urbano de Eldorado do Carajás. Segundo Odair Antônio Valentino, que teve a casa destruída pelo denunciado, ele, Valdeir Ribeiro da Silva, Manoel Costa de França, Valdemir da Silva, Marcelino Fernando Araújo e José Machado Araújo não estão em paz há quatro anos.

Ele relata que a área é da União e famílias foram assentadas no local, mas em determinado momento essa pessoa – que seria empresária e fazendeira – chegou reivindicando a propriedade. “Esta área passou uns 12 anos sem ninguém. Em 2008 nós entramos na área e até agora estávamos lá. De quatro anos para cá começou esta confusão. Começou a incomodar a gente dizendo que a área é dele”.

Desde então, acrescenta, as famílias já procuraram Polícia Civil, Polícia Federal e Instituto Nacional Colonização Reforma Agrária (Incra). “O Incra nos informou que a área é pública e não é do fazendeiro. Hoje fomos novamente lá e reafirmaram que é área pública. Estamos lá e ele continua nos ameaçando. Ele derrubou a minha casa com o trator e quebrou tudo, fez um monte com o que sobrou”, relata.

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Recentemente o homem também teria passado o arado nas terras de José Machado e de Manoel, o qual explica que essa área era anteriormente ocupada por uma associação que deixou de existir há aproximadamente 15 anos. O denunciado fez parte desta associação e, por este motivo, acreditar ter poder sobre as terras.

“A terra era de uma associação, a associação fechou e ele era sócio dessa associação. Agora ele acha que isso dá o direito de ficar na área. Os outros sócios todos se colocaram ao nosso lado, só ele ficou lá.  Acabou com a nossa paz lá”, diz Manoel, que também foi impedido de construir uma cerca recentemente, ouvindo do fazendeiro que se a fizesse a veria ser quebrada logo em seguida. Marcelino, por sua vez, conta que a esposa foi ameaçada em uma discussão com o homem.

Odair Antônio afirma que foi movida ação judicial relativa à questão, mas as famílias estão com medo de sofrerem atentados enquanto o processo está em andamento. “Já recorremos a todos os órgãos que podíamos, onde mandam a gente ir a gente vai e em cima da lei para não fazer coisa errada. Já falamos que ele tinha que esperar um pouco para a Justiça decidir e ele disse que a Justiça é ele e o que ele quiser fazer vai fazer. Estamos pedindo misericórdia porque pode acontecer derramamento de sangue lá”.

Em contato com o Incra, o órgão confirmou que a área é da União e informou que está ajuizando ação de reintegração de posse, acrescentando que o ocupante está no local indevidamente. A Reportagem não conseguiu falar, por enquanto, com a Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca). (Luciana Marschall)

Seis pessoas procuraram a redação do Correio de Carajás nesta manhã, segunda-feira (2), denunciando estarem sendo ameaçadas pelo mesmo homem na região onde vivem, conhecida como Colônia Pinheirinho, a 12 quilômetros do centro urbano de Eldorado do Carajás. Segundo Odair Antônio Valentino, que teve a casa destruída pelo denunciado, ele, Valdeir Ribeiro da Silva, Manoel Costa de França, Valdemir da Silva, Marcelino Fernando Araújo e José Machado Araújo não estão em paz há quatro anos.

Ele relata que a área é da União e famílias foram assentadas no local, mas em determinado momento essa pessoa – que seria empresária e fazendeira – chegou reivindicando a propriedade. “Esta área passou uns 12 anos sem ninguém. Em 2008 nós entramos na área e até agora estávamos lá. De quatro anos para cá começou esta confusão. Começou a incomodar a gente dizendo que a área é dele”.

Desde então, acrescenta, as famílias já procuraram Polícia Civil, Polícia Federal e Instituto Nacional Colonização Reforma Agrária (Incra). “O Incra nos informou que a área é pública e não é do fazendeiro. Hoje fomos novamente lá e reafirmaram que é área pública. Estamos lá e ele continua nos ameaçando. Ele derrubou a minha casa com o trator e quebrou tudo, fez um monte com o que sobrou”, relata.

Recentemente o homem também teria passado o arado nas terras de José Machado e de Manoel, o qual explica que essa área era anteriormente ocupada por uma associação que deixou de existir há aproximadamente 15 anos. O denunciado fez parte desta associação e, por este motivo, acreditar ter poder sobre as terras.

“A terra era de uma associação, a associação fechou e ele era sócio dessa associação. Agora ele acha que isso dá o direito de ficar na área. Os outros sócios todos se colocaram ao nosso lado, só ele ficou lá.  Acabou com a nossa paz lá”, diz Manoel, que também foi impedido de construir uma cerca recentemente, ouvindo do fazendeiro que se a fizesse a veria ser quebrada logo em seguida. Marcelino, por sua vez, conta que a esposa foi ameaçada em uma discussão com o homem.

Odair Antônio afirma que foi movida ação judicial relativa à questão, mas as famílias estão com medo de sofrerem atentados enquanto o processo está em andamento. “Já recorremos a todos os órgãos que podíamos, onde mandam a gente ir a gente vai e em cima da lei para não fazer coisa errada. Já falamos que ele tinha que esperar um pouco para a Justiça decidir e ele disse que a Justiça é ele e o que ele quiser fazer vai fazer. Estamos pedindo misericórdia porque pode acontecer derramamento de sangue lá”.

Em contato com o Incra, o órgão confirmou que a área é da União e informou que está ajuizando ação de reintegração de posse, acrescentando que o ocupante está no local indevidamente. A Reportagem não conseguiu falar, por enquanto, com a Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca). (Luciana Marschall)