O Departamento de Homicídios da Polícia Civil começou a investigar o assassinato do caminhoneiro Aldrovando Araújo Linhares, de 43 anos. Ele foi morto com seis tiros dentro da casa dele, no Bairro Araguaia (Fanta), na noite de quinta-feira (3), por volta das 22 horas. O corpo deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) por volta de 1h da madrugada de ontem (4). O crime está sob o mais completo mistério.
Responsável pela investigação do caso, o delegado William Krispim conversou com a reportagem do CORREIO ontem e explicou que o que foi apurado até agora é que Aldrovando chegou em casa por volta das 17h e se recolheu junto com sua esposa. Ocorre que algumas horas mais tarde pessoas chegaram à residência e bateram à porta perguntando por ele. Quando o caminhoneiro abriu a porte foi recebido a bala e morreu na hora.
Ainda de acordo com o delegado, os criminosos levaram apenas os celulares da vítima e da esposa e em seguida foram embora, sem levar mais nada de valor. Nem a esposa de Androvaldo e nem os vizinhos souberam dizer se os acusados estavam de moto. O que se sabe é que eles estavam encapuzados, o que impede o reconhecimento da dupla de pistoleiros.
Leia mais:Perguntado sobre a vida pregressa da vítima, o delegado William Krispim relatou que Androvaldo trabalhava transportando minério em uma carreta do tipo bi-trem, de Marabá para Barcarena e, até onde se sabe, não tinha inimigos declarados, nem dívidas e tampouco alguma quantia vultosa de dinheiro para receber.
O delegado observa que tudo isso dificulta as investigações, aliado ao fato de que não há câmeras de vídeo-monitoramento no local e as possíveis testemunhas na vizinhança temem conversar com a polícia sobre o caso. “Mas as investigações prosseguem no sentido de investigar os indivíduos”, resumiu o policial, acrescentando que tomará depoimentos de pessoas do círculo de amizade da vítima, inclusive outros caminhoneiros.
Vizinhos ouvidos pela reportagem também não quiseram se identificar e comentaram apenas que Androvaldo morava no bairro havia cerca de quatro anos e era uma pessoa muito reservada. A residência onde tudo aconteceu fica na Rua 25 de Agosto. (Chagas Filho com informações de Evangelista Rocha e Josseli Carvalho)