Na manhã desta sexta-feira (19), o cadeirante Carlos Feitosa da Silva, de 34 anos, procurou o Fórum de Justiça de Marabá em busca de uma certidão de antecedentes criminais, mas quando o nome dele foi verificado no sistema do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), foi constatado que havia um mandado de prisão em aberto contra ele pelo crime de tráfico de drogas. Ao invés de voltar para casa com a certidão, Carlos Feitosa foi conduzido direto para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil e de lá para os cuidados da Superintendência do Sistema Penal (SUSIPE).
De acordo com o sargento J. Augusto, da Polícia Militar, que fez a condução do cadeirante, ele já havia sido condenado a seis anos e seis meses por tráfico de drogas e cumpria prisão domiciliar. Mas o que ele não sabia era que em um outro processo – também pelo crime de tráfico de entorpecentes – Carlos também fora condenado.
J. Augusto explicou que depois da condenação, no segundo processo, a Defensoria Pública entrou com recurso no Tribunal de Justiça, há cerca de dois anos, pedindo que a condenação em primeira instância fosse reformada, mas a desembargadora responsável pelo caso não acatou o pedido da defesa e manteve a condenação.
Leia mais:“Nesse momento, ele tem que ser recolhido para poder dar cumprimento ao mandado de prisão pela segunda vez. Agora ele vai ter que ficar encarcerado”, relata J. Augusto, acrescentando que o cadeirante tem que ficar preso, inicialmente, em regime fechado.
A reportagem tentou ouvir a versão do cadeirante sobre as acusações que pesam contra ele, mas o condenado se recusou a conversar com o jornal. (Chagas Filho –com informações de Evangelista Rocha)