Correio de Carajás

Busca por peixe é grande em Marabá e carne vermelha “some”

A procura nas feiras ainda não está grande como nos supermercados, onde há uma demanda maior

Para os cristãos, a Semana Santa é um período sagrado, que ressalta a importância em manter a tradição dos rituais da igreja católica. Para além da religião, o sentido da semana e principalmente da Sexta-Feira Santa, revela a união entre amigos e familiares, destacando a busca da conexão familiar, para vivenciar o momento da salvação e renovação de vida.

Um dos costumes encontrados na mesa de muitos marabaenses é comer o peixe, seja o tambaqui, pescada amarela, tucunaré ou bacalhau. O mais importante é que ele não falte durante a semana. O Correio de Carajás realizou um levantamento dos preços e de como estão a procura por esses pescados, que são facilmente encontrados em vários pontos da cidade, seja em feiras livres ou supermercados.

O peixe tambaqui é recorde em procura pelo consumidor marabaense

Entre as diversidades encontradas, o mais comercializado e recorde de vendas em Marabá é o tambaqui. Ele possui um ótimo custo-benefício e pode ser servido cozido, frito ou assado. O peixe é encontrado fresquinho nas feiras, pronto para ser levado a panela na maioria dos casos. Seu preço atualmente varia entre R$14,90 à R$21,00 o quilo. O tucunaré segue sendo o segundo mais procurado, com uma precificação que varia de R$27,15 no tamanho pequeno e a R$39,53 o quilo do grande.

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A dois dias para o feriado santo, o movimento na feira da Laranjeiras (Cidade Nova) ainda é tímido, como destaca a vendedora de peixe Cassilda Mendes. “Hoje está parado, a expectativa é que aumente o fluxo de pessoas de quinta para sexta”, pontuou.

Cassilda diz que este ano a procura na feira está menor que o ano de 2023

Por outro lado, na feira da Folha 28 (Nova Marabá), houve um considerável aumento nas vendas. Mauro Cruz acredita que este ano sejam vendidos cerca de 12 mil quilos de peixes em sua barraquinha, somente nesta semana. “Tem tido muita procura, de quarta para sexta nós pretendemos vender muito por aqui”, contou o vendedor.

O vendedor espera vender 12 mil quilos de peixe até sexta feira, 27

Além do tambaqui e do tucunaré, a pescada amarela também é bastante procurada, com um custo de R$34,00 à R$54 o quilo. Apesar da procura, ele é encontrado apenas nos supermercados, mas pode facilmente ser substituído pelo Pirarucu, que nas feiras é vendido a R$48,00. Já o Bacalhau, o famoso peixe de água salgada, é encontrado somente nos supermercados custando em média R$49,90 à R$149,90 o quilo.

Nos supermercados a busca está intensa, como destaca Juliana Moraes, que trabalha em um dos varejos analisados. “Essa semana realmente tem aumentado a procura de peixe, o pessoal vem muito em busca do tambaqui”.

Juliana também fala sobre o aumento da venda de camarão e sardinha, que servem como acompanhamento para o prato.

Meire Ribeiro é dona de casa, e como em todos os anos, ela quis adiantar a procura do peixe para a Sexta Santa. “A comida da Semana Santa tem que ser tradicionalmente respeitada, principalmente a sexta, então eu prefiro comprar antes”, explica.

Meire é católica e todos os anos preserva a tradição de comer peixe na Sexta Santa

Como Meire, Luciano Sobral também antecipou as compras destacando que neste dia não pode faltar o peixe. “Aproveito a variedade para escolher o melhor pescado”, finalizou.

Por outro lado, boa parte dos açougues que vendem carne vermelha, fechou nos dias que antecedem a Sexta-Feira Santa, devendo retornar o atendimento aos clientes no Sábado de Aleluia.

(Milla Andrade)