Está na hora de o governo estadual dar o ar de sua graça e explicar o que está acontecendo entre comerciantes do ramo supermercadista e do chamado atacarejo. A briga está feia nos bastidores. O setor de supermercados sempre esteve nas mãos de famílias paraenses, que exerciam um ferrenho monopólio do setor. Mas, de uns cinco anos para cá, surgiram grupos de fora, principalmente do Maranhão e Ceará, que teriam, segundo os supermercadistas, “incentivos irregulares”, além de praticarem “concorrência desleal”.
Bico fechado
Leia mais:A entrada no caso do procurador-geral de Justiça, Gilberto Valente, que recebeu a denúncia dos comerciantes, acendeu o pavio da dúvida. Afinal, que “incentivos irregulares” são esses concedidos pelo governo de Simão Jatene aos “de fora”? Os consumidores que frequentam os atacarejos sabem que eles vendem mais barato do que os supermercadistas, daí a acusação de concorrência desleal. Seria bom o governador explicar isso. Ou o MP vai abrir essa “caixa preta” dos incentivos fiscais? Há quem duvide.
Não sei, não vi
Tudo corre mais devagar quando o assunto é descobrir quem financia e quem executa matanças no Pará. No caso de uma chacina em maio, no bairro da Condor, em Belém, onde cinco pessoas foram estupidamente mortas, até agora ninguém foi preso. Para variar, sequer há notícias sobre as investigações. Por incrível que pareça, filmagem dos carros dos matadores e dos próprios criminosos não estaria ajudando a identificá-los. Estranho, muito estranho.
Ruim pra pobre
O pobre, que precisa de um defensor público para representá-lo numa demanda judicial, está lascado. Fábio Namekata, presidente da Associação dos Defensores Públicos do Pará, disse à coluna que o setor precisaria de no mínimo 100 novos defensores. O governo alega não ter dinheiro para contratá-los. Até no orçamento do Estado, a DP, prima pobre do sistema judicial, é discriminada. Ela recebe ridículos 1,64%. o Ministério Público leva 5,15%, o triplo da DP. Ou seja, tem muito mais verba para acusar do que para defender.
Emprego sobe
Pelo menos parou de cair. O mês de junho fechou com saldo positivo de 674 novos postos de trabalho no Estado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgado na segunda-feira. Foram 21.870 contratações contra 21.196 demissões, representando um crescimento de 0,09% em relação ao mês de maio. Para quem vivia em queda acelerada durante a crise nacional, a subida, ainda que tímida, representa um alento.
Quem cresceu
A indústria de transformação e a agropecuária foram os que mais empregaram. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a geração de empregos no Pará mostra que o país “está no caminho certo da retomada do crescimento”. Pior do que estava não podia ficar.
____________________BASTIDORES______________________
* Policiais civis se queixam de que estão adoecendo em serviço e não há gente para substituí-los. As causa das doenças seriam as más condições de trabalho nas delegacias. Várias delas insalubres e cheias de infiltrações.
* O sindicato da categoria diz que os policiais em idade de se aposentar também enfrentam o mesmo problema de reposição de pessoal. A questão é que o governo não está disposto a fazer concurso público.
* O promotor de Justiça de Itupiranga, Arlindo Júnior, denunciou o presidente da Câmara Municipal, Jordão Martins Cunha, e o assessor jurídico, Helson Cezar Wolf Soares, pelo crime de denunciação caluniosa contra a administração da justiça.
* Ambos fizeram denuncia ao MP por suposto crime de peculato contra Maria Aparecida Cosme Maracaipe, Elias Lopes da Cruz, Raimundo Costa Oliveira, Antônio Marruaz da Silva e Carmélio Araújo dos Santos, os quatro últimos ex-presidentes da Câmara Municipal.
* “Durante toda a cuidadosa instrução do procedimento, constatou-se, porém, a inocência dos acusados, além de o promotor ter verificado que os senhores Jordão e Helson tinham documentos hábeis que comprovavam a inocência dos investigados. Quer dizer, teriam agido de má-fé.
* Jordão Martins Cunha, e Helson Cezar Wolf Soares responderão pelo crime de denunciação caluniosa contra cada uma das vítimas, ou seja, cinco vezes. A pena prevista por cada cometimento é de dois a oito anos de reclusão.
Está na hora de o governo estadual dar o ar de sua graça e explicar o que está acontecendo entre comerciantes do ramo supermercadista e do chamado atacarejo. A briga está feia nos bastidores. O setor de supermercados sempre esteve nas mãos de famílias paraenses, que exerciam um ferrenho monopólio do setor. Mas, de uns cinco anos para cá, surgiram grupos de fora, principalmente do Maranhão e Ceará, que teriam, segundo os supermercadistas, “incentivos irregulares”, além de praticarem “concorrência desleal”.
Bico fechado
A entrada no caso do procurador-geral de Justiça, Gilberto Valente, que recebeu a denúncia dos comerciantes, acendeu o pavio da dúvida. Afinal, que “incentivos irregulares” são esses concedidos pelo governo de Simão Jatene aos “de fora”? Os consumidores que frequentam os atacarejos sabem que eles vendem mais barato do que os supermercadistas, daí a acusação de concorrência desleal. Seria bom o governador explicar isso. Ou o MP vai abrir essa “caixa preta” dos incentivos fiscais? Há quem duvide.
Não sei, não vi
Tudo corre mais devagar quando o assunto é descobrir quem financia e quem executa matanças no Pará. No caso de uma chacina em maio, no bairro da Condor, em Belém, onde cinco pessoas foram estupidamente mortas, até agora ninguém foi preso. Para variar, sequer há notícias sobre as investigações. Por incrível que pareça, filmagem dos carros dos matadores e dos próprios criminosos não estaria ajudando a identificá-los. Estranho, muito estranho.
Ruim pra pobre
O pobre, que precisa de um defensor público para representá-lo numa demanda judicial, está lascado. Fábio Namekata, presidente da Associação dos Defensores Públicos do Pará, disse à coluna que o setor precisaria de no mínimo 100 novos defensores. O governo alega não ter dinheiro para contratá-los. Até no orçamento do Estado, a DP, prima pobre do sistema judicial, é discriminada. Ela recebe ridículos 1,64%. o Ministério Público leva 5,15%, o triplo da DP. Ou seja, tem muito mais verba para acusar do que para defender.
Emprego sobe
Pelo menos parou de cair. O mês de junho fechou com saldo positivo de 674 novos postos de trabalho no Estado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgado na segunda-feira. Foram 21.870 contratações contra 21.196 demissões, representando um crescimento de 0,09% em relação ao mês de maio. Para quem vivia em queda acelerada durante a crise nacional, a subida, ainda que tímida, representa um alento.
Quem cresceu
A indústria de transformação e a agropecuária foram os que mais empregaram. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a geração de empregos no Pará mostra que o país “está no caminho certo da retomada do crescimento”. Pior do que estava não podia ficar.
____________________BASTIDORES______________________
* Policiais civis se queixam de que estão adoecendo em serviço e não há gente para substituí-los. As causa das doenças seriam as más condições de trabalho nas delegacias. Várias delas insalubres e cheias de infiltrações.
* O sindicato da categoria diz que os policiais em idade de se aposentar também enfrentam o mesmo problema de reposição de pessoal. A questão é que o governo não está disposto a fazer concurso público.
* O promotor de Justiça de Itupiranga, Arlindo Júnior, denunciou o presidente da Câmara Municipal, Jordão Martins Cunha, e o assessor jurídico, Helson Cezar Wolf Soares, pelo crime de denunciação caluniosa contra a administração da justiça.
* Ambos fizeram denuncia ao MP por suposto crime de peculato contra Maria Aparecida Cosme Maracaipe, Elias Lopes da Cruz, Raimundo Costa Oliveira, Antônio Marruaz da Silva e Carmélio Araújo dos Santos, os quatro últimos ex-presidentes da Câmara Municipal.
* “Durante toda a cuidadosa instrução do procedimento, constatou-se, porém, a inocência dos acusados, além de o promotor ter verificado que os senhores Jordão e Helson tinham documentos hábeis que comprovavam a inocência dos investigados. Quer dizer, teriam agido de má-fé.
* Jordão Martins Cunha, e Helson Cezar Wolf Soares responderão pelo crime de denunciação caluniosa contra cada uma das vítimas, ou seja, cinco vezes. A pena prevista por cada cometimento é de dois a oito anos de reclusão.