Correio de Carajás

Batalha de pipas quase estrangula motoqueiro

Uma brincadeira comum na infância se tornou motivo de preocupação e medo. Soltar pipa ou papagaio, como a brincadeira é conhecida em algumas partes do País, tem causado acidentes, alguns fatais.

Essa guerra de menino se torna ainda mais perigosa quando as pipas são empinadas com linha de cerol, um pó de vidro que torna a linha cortante. Esse material, que tem como objetivo cortar a linha do adversário, na batalha de pipas, pode causar acidentes sérios, principalmente para motoqueiros e ciclistas, com casos de morte.

Na última segunda-feira (10), o mecânico Franciraldo Ferreira Cavalcante, de 27 anos de idade, que trabalha em uma concessionária de veículos, seguia do seu trabalho, de moto, para o bairro Vila Rica, onde reside. Ao passar pela Rua 16, no Bairro Maranhão, foi atingindo por uma linha de pipa no pescoço, que provocou um corte profundo. Ele caiu da motocicleta e foi socorrido por populares que o encaminharam para o hospital São Sebastião, onde recebeu com urgência os cuidados médicos necessários, por se tratar de um ferimento grave.

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Após cirurgia, os médicos informaram que ele só escapou por ter sido socorrido rapidamente, pois a dilaceração atingiu três veias e foram necessários 31 pontos para suturar o ferimento. O rapaz segue internado no hospital.

As linhas de pipas com cerol são proibidas, mas a garotada acaba fazendo de forma clandestina e, como na área urbana, eles soltam as pipas no meio das ruas, deixando em risco os motoqueiros, ciclistas e pedestres. Alguns ciclistas e motociclistas tentam se proteger colocando antenas para evitar que a linha os atinja diretamente.

Mas boa parte não faz uso desse dispositivo, usado mais por mototaxistas, que circulam mais pela cidade em motos. Além desses acidentes, as pipas também representam riscos para a rede elétrica e para os próprios meninos.

É que na tentativa de tirar a pipa que fica presa à rede elétrica, os meninos podem sofrer descarga elétrica, que também pode ser fatal. E esse procedimento é um dos principais motivos de interrupção de energia elétrica nos centros urbanos.

As pipas, quando são empinadas às proximidades de aeroportos, também representam riscos a navegação a área. Em Belém, a Infraero desenvolve um projeto que faz a troca do brinquedo por bolas, para tentar evitar um acidente.

Segundo a Infraero, o projeto vem dando certo e reduziu muito a brincadeira na área do aeroporto Júlio Cesar, que era muito comum, principalmente nesse período de férias. A Celpa também trabalha com ações educativas, para orientar a garotada a não soltar pipa às proximidades da rede elétrica.

Apesar desse trabalho, ainda é grande o número de acidentes envolvendo a brincadeira, principalmente em centros urbanos de médio porte. Em Parauapebas, o registro de acidentes ainda é alto e, nesse período, aumenta consideravelmente devido as férias escolares.  (Tina Santos)

 

Uma brincadeira comum na infância se tornou motivo de preocupação e medo. Soltar pipa ou papagaio, como a brincadeira é conhecida em algumas partes do País, tem causado acidentes, alguns fatais.

Essa guerra de menino se torna ainda mais perigosa quando as pipas são empinadas com linha de cerol, um pó de vidro que torna a linha cortante. Esse material, que tem como objetivo cortar a linha do adversário, na batalha de pipas, pode causar acidentes sérios, principalmente para motoqueiros e ciclistas, com casos de morte.

Na última segunda-feira (10), o mecânico Franciraldo Ferreira Cavalcante, de 27 anos de idade, que trabalha em uma concessionária de veículos, seguia do seu trabalho, de moto, para o bairro Vila Rica, onde reside. Ao passar pela Rua 16, no Bairro Maranhão, foi atingindo por uma linha de pipa no pescoço, que provocou um corte profundo. Ele caiu da motocicleta e foi socorrido por populares que o encaminharam para o hospital São Sebastião, onde recebeu com urgência os cuidados médicos necessários, por se tratar de um ferimento grave.

Após cirurgia, os médicos informaram que ele só escapou por ter sido socorrido rapidamente, pois a dilaceração atingiu três veias e foram necessários 31 pontos para suturar o ferimento. O rapaz segue internado no hospital.

As linhas de pipas com cerol são proibidas, mas a garotada acaba fazendo de forma clandestina e, como na área urbana, eles soltam as pipas no meio das ruas, deixando em risco os motoqueiros, ciclistas e pedestres. Alguns ciclistas e motociclistas tentam se proteger colocando antenas para evitar que a linha os atinja diretamente.

Mas boa parte não faz uso desse dispositivo, usado mais por mototaxistas, que circulam mais pela cidade em motos. Além desses acidentes, as pipas também representam riscos para a rede elétrica e para os próprios meninos.

É que na tentativa de tirar a pipa que fica presa à rede elétrica, os meninos podem sofrer descarga elétrica, que também pode ser fatal. E esse procedimento é um dos principais motivos de interrupção de energia elétrica nos centros urbanos.

As pipas, quando são empinadas às proximidades de aeroportos, também representam riscos a navegação a área. Em Belém, a Infraero desenvolve um projeto que faz a troca do brinquedo por bolas, para tentar evitar um acidente.

Segundo a Infraero, o projeto vem dando certo e reduziu muito a brincadeira na área do aeroporto Júlio Cesar, que era muito comum, principalmente nesse período de férias. A Celpa também trabalha com ações educativas, para orientar a garotada a não soltar pipa às proximidades da rede elétrica.

Apesar desse trabalho, ainda é grande o número de acidentes envolvendo a brincadeira, principalmente em centros urbanos de médio porte. Em Parauapebas, o registro de acidentes ainda é alto e, nesse período, aumenta consideravelmente devido as férias escolares.  (Tina Santos)