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Barqueiro que resgatou mulher de tentativa de suicídio já salvou outras vidas

por Redação
12/08/2019
em Cidades
Barqueiro que resgatou mulher de tentativa de suicídio já salvou outras vidas

Barqueiro Arão diz que salvar pessoas que se afogam no Rio Tocantins já faz parte de sua rotina/ Fotos: Ulisses Pompeu

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No anonimato, sem alarde, o barqueiro Arão Lopes dos Santos, de 57 anos de idade, já salvou muitas vidas que se afogariam nas águas do Rio Tocantins, onde ele passa o dia e a noite – embora tenha uma casa com esposa e filhos. Mas seus feitos heroicos só estão sendo revelados agora, cerca de 20 dias depois de ter ajudado policiais militares a resgatarem uma mulher que se jogou da ponte sobre o Rio Tocantins.

Arão foi condecorado em cerimônia simples durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 7, na Câmara Municipal de Marabá, pelo vereador Ilker Moraes. Ele recebeu Moção de Aplauso e, logo após deixar o Plenário da Câmara, ele concedeu entrevista ao Portal CORREIO DE CARAJÁS, na qual outras ocasiões em que se viu obrigado a salvar vidas, já que mora dentro de um barco ancorado em frente à Rampa da Folha 8, a menos de 1 km da ponte de 2.310 metros de extensão.

A maior parte do crédito no salvamento da mulher ficou na conta da polícia, porém, foi graças à rabeta de Arão e o conhecimento que ele tem do rio que os agentes puderam chegar até o local onde a mulher havia se jogado. “Eu estava no meu barco quando escutei os gritos do rapaz da viatura me pedindo para fazer um resgate, mas eu expliquei que o barco estava com problemas, então fomos na rabeta, relata.

Barco de Arão, o maior nesta foto, fica ancorado perto da ponte sobre o Rio Tocantins

Na rabeta, Arão e os policiais se dirigiram até o local onde a mulher havia se jogado e foram se guiando para localizá-la através das pessoas que estavam em cima da ponte e iam sinalizando com as mãos o rumo em que ela descia. “Nós chegamos no pedral e ela não estava. Fui descendo mais um pouco e a vi e avisei ‘olha, a mulher vai indo ali’. Então, nós descemos até e percebemos que realmente era ela. quando ela foi colocada no barco, avisei que estava consciente, e então a levamos pra rampa, onde os bombeiros já a esperavam, e assumiram a partir dali”, explicou.

O pescador revelou que adquiriu habilidade para resolver casos de afogamentos como esse quando participou de cursos promovidos pela Marinha para pescadores e barqueiros, que são capacitados para agir diante de afogamentos e técnicas de salvamento. “Tenho a carteira da Marinha, a de pescador profissional, os certificados de cursos de salvamentos, e essa (mulher) não é a primeira que eu salvei não. Já salvei muitas crianças que se afogam na rampa (Folha 8) e adultos também”, destaca.

Pai de quatro filhos, Arão diz ficar revoltado quando vê a irresponsabilidade de pais e mães que não protegem seus filhos contra possíveis afogamentos como os que ele já presenciou muitas vezes. Conta que já flagrou muitos pais atravessando o Rio Tocantins rumo à Praia do Tucunaré sem equipar seus filhos com coletes salva-vidas. “Não custa nada comprar um colete para o seu filho, dinheiro para caixinha de cerveja eles têm, mas para um colete não?” questiona o experiente pescador.

Ainda em tom de críticas, ele deixa uma recomendação para os pais de crianças pequenas, que sempre exijam dos barqueiros colete salva-vidas ao atravessar o rio ou até mesmo em uma piscina. “Qualquer uma, se não sabe nadar, tem de usar o colete, porque mesmo que venha a se afogar, pelo menos dá para avistar”, avalia o barqueiro.

Por morar no seu próprio barco, Arão afirma que já viu muitas coisas acontecerem incomuns acontecerem às proximidades da ponte sobre o Rio Tocantins, além das situações que ele presencia enquanto está trabalhando na Orla de Marabá, com a travessia de veranistas. Um dos acidentes que ele presenciou e quase entrou em ação para socorrer, ocorreu na mesma ponte, onde um carro colidiu com uma moto, arremessando o motoqueiro para fora da ponte. “Eu estava preparado para ir salvá-lo, mas o irmão dele (da vítima) já tinha ido resgatá-lo, então eu fiquei na minha, mas esse era mais um que eu ia salvar”, finaliza Arão. (Zeus Bandeira)

 

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Tags: BrasilMarabáPará
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