Correio de Carajás

Assassino ignora filmagem e mata eletricista de cócoras na calçada

Definitivamente as câmeras de segurança espalhadas pelas ruas da cidade e as redes sociais, que circulam informações de maneira instantânea serão ferramentas cada vez mais capazes de ajudar a polícia a elucidar os crimes. Prova disso é que no início da noite de ontem (14), por volta das 18h, mais um crime foi filmado em Marabá e as imagens já estão circulando em diversos grupos de WahtsApp. A vítima foi o eletricista Jorbe dos Santos Souza, de 37 anos. O crime aconteceu no Bairro Belo Horizonte, Núcleo Cidade Nova, em Marabá.

Jorbe Souza era eletricista, mas teria envolvimento com tráfico

Pela filmagem, é possível ver a vítima, de camisa estampada, sentada em uma calçada, conversando com um conhecido, de camisa preta. Eles estão mais ou menos no meio do quarteirão da Rua Pernambuco, que fica entre as avenidas Tocantins e São Paulo, quando se aproxima um carro preto (um Corsa Classic). O criminoso está dirigindo o veículo.

Jorbe e a outra pessoa estão sentados de frente para uma caminhonete S-10, momento em que o pistoleiro (encapuzado) para o Classic do outro lado da rua (na contramão), espera uma moto passar e sair da cena do crime. Só então, ele desce do veículo, com uma arma longa em punho e caminha lentamente, usando a S-10 como escudo, o que impede que a vítima veja sua aproximação.

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De repente ele aponta a espingarda para Jorbe, que num primeiro momento, fica inerte, enquanto seu amigo tenta fugir e consegue escapar tropeçando nas próprias pernas, apavorado pelo que vê. Enquanto isso, o criminoso dá o primeiro tiro e a vítima tenta correr, momento em que o matador dá outro tiro e faz menção de sacar uma arma pequena, que está na cintura. Em seguida, a filmagem é cortada e já aparece o carro do assassino indo embora.

O que se vêm logo em seguida é a vítima caída em um matagal perto de onde tudo aconteceu.

De acordo com o major Edson, do 34º Batalhão de Polícia Militar (34º BPM), a guarnição mais próxima foi acionada pelo Núcleo Integrado de Operações (NIOP-190), mas quando os militares chegaram não havia mais nada o que ser feito. O oficial confirmou que o pistoleiro usava possivelmente uma espingarda calibre 22, mas também tinha outro armamento. Segundo ele, testemunhas escutaram cerca de seis a oito disparos.

Policia Militar chegou cerca de 15 minutos depois, mas já era tarde/ Foto: Josseli Carvalho

Sobre o veículo utilizado pelo matador, o major informou que um número de placa foi obtido pela Polícia Militar, mas não confere com o veículo usado no crime. “Possivelmente é placa clonada”, opina o major.

Perguntado sobre a vida pregressa, major Edson disse que Jorbe era eletricista, mas há informações de que ele teria envolvimento com o tráfico de drogas naquela região. Mas pondero que tudo isso será investigado pela Polícia Civil.

Por outro lado, o major confirmou também que na semana passada a vítima teve uma discussão com a esposa e, inclusive, a perfurou com um objeto cortante, de modo que a mulher fez uma ocorrência policial e estava sendo providenciada uma medida protetiva.

No local do crime, o jornal tentou conversar com a esposa de Jorbe Souza, mas ela se recusou a conversar com a reportagem. (Chagas Filho e Josseli Carvalho)