Correio de Carajás

Árbitro de Marabá conquista cenário nacional e apita jogos da Série B

“Espero levar o nome da nossa cidade até a série A, apitando. O objetivo é manter essa regularidade na série B, até chegar à primeira divisão. A gente tem de pensar positivo. Eu planejei no inicio do ano isso tudo. Objetivos, metas, estratégias”.

Aos 30 anos, Djonaltan Costa Araújo vem fazendo história com suas conquistas na trajetória no futebol brasileiro. O árbitro marabaense compõe o quadro da elite de arbitragem profissional da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e estreou recentemente como árbitro central apitando jogos na série B. Na série A, já atuou como árbitro adicional.

“É uma experiência sensacional. Um momento ímpar. Não só para mim, mas para a cidade, de estar dentro da elite do futebol brasileiro em um dos campeonatos mais difíceis do mundo. É incrível você estar ali presente, dentro de uma estrutura gigantesca, dentro de arenas as quais receberam jogos de copa do mundo. Para mim em quanto árbitro, quanto profissional é uma sensação incrível”, descreve.

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Djonaltan Costa Araújo

Djonaltan tem em seu currículo 75 jogos entre 1ª e 2ª divisões pela Federação Paraense de Futebol (FPF) e 30 organizados pela CBF. Ele começou a carreira ainda na adolescência, há 14 anos. No inicio de 2021 deu mais um passo importante para sua ascensão profissional. Esteve dentre os três árbitros paraenses convocados pela CBF para o curso do VAR (arbitro de vídeo), e está capacitado para a função.

“Foram 10 dias nos habilitando. É uma estrutura que veio para beneficiar o futebol, veio para fazer justiça e nós, enquanto árbitros, estarmos dentro desse seleto grupo, são apenas 4 árbitros dentro do Pará, nesse contexto, é uma experiência interessante. Aprendemos muito sobre as regras do jogo, de como funciona o protocolo VAR e isso sem sombras de dúvidas foi um dos pontos primordiais para que eu estivesse agora na série B do Campeonato Brasileiro” destaca Djonaltan.

Trajetória na arbitragem

Até ser convocado para integrar o quadro de arbitragem da CBF, Djonaltan  enfrentou vários desafios com muita dedicação e estudos. O primeiro jogo apitado por ele foi em 2007, no Zinho Oliveira, no futebol amador. Em 2009 o árbitro passou a compor o quadro da Federação Paraense atuando em jogos da segunda divisão.

“Até 2011 fiquei dentro da Federação Paraense atuando no futebol amador, sem perspectivas maiores, por relação a nossa região, por ser do interior. Foi quando comecei a estudar um pouco mais, participando de eventos em Belém. Eu cheguei a pagar passagem para ir apitar jogo em Belém só pra eles me verem lá no amador. Tive ajuda de alguns colegas empresários de Marabá para fazer alguns exames, era todo um protocolo. O primeiro jogo profissional, apitando, foi em Parauapebas, da segunda divisão do Campeonato Paraense “, lembra Djonaltan.

Outro grande desafio de Djonaltan foi a briga com a balança, uma batalha que mais uma vez saiu campeão. O atleta perdeu 9 quilos de janeiro a maio deste ano, alcançando a forma corporal ideal. O marabaense tem 82 quilos distribuídos por 1,76 metros de altura.

CBF e as novas expectativas

O ingresso de Djonattan na CBF aconteceu em 2014, quando passou a atuar em jogos da série D e C no campeonato brasileiro. Até que, em 2021, chegou a oportunidade da série B.

“Nesse ano tenho trabalhado nos jogos importantes, como a abertura do campeonato brasileiro da série B. É muito gratificante, muito legal você estar lá fora e dizer sou de Marabá. É uma terra que tem muito carinho, que me acolhe desde criança”, diz sorridente.

Sobre o futuro, Djonaltan diz que faz tudo com planejamento e não hesita em falar das metas.

“Espero levar o nome da nossa cidade até a série A, apitando. O objetivo é manter essa regularidade na série B, até chegar à primeira divisão. A gente tem de pensar positivo. Eu planejei no inicio do ano isso tudo. Objetivos, metas, estratégias, e um dos objetivos era esse, a série B e o outro atuar com VAR ainda esse ano. Ano que vem já planejo a série A, posso atuar antes, sim estou apto, mas isso não depende só da gente”, pondera o árbitro paraense.

No intervalo entre as partidas é nos braços da família, em Marabá, que Djonaltan descansa e aguarda pelas novas oportunidades. Ele é casado há 5 anos e tem uma filha de 3 anos de idade.

(Fonte: Ascom PMM)