Correio de Carajás

Após mudança de relógio, Equatorial cobra R$ 1.800 de consumidora

A conta de energia elétrica é um dos piores inimigos dos paraenses na hora de quitar as dívidas dos meses e mesmo que algumas pessoas possam aderir à Tarifa Cidadã, que oferece descontos para pessoas em vulnerabilidade econômica, algumas surpresas ruins insistem em batem nas portas vez ou outra.

Uma das vítimas desse susto foi Francisca Carmo de Souza, moradora da Rua Alfredo Monção, no Bairro Morada Nova, em Marabá. Ela procurou o Correio de Carajás nesta segunda-feira (19) para relatar que em junho recebeu a visita dos funcionários da concessionária de energia, a Equatorial, para que fizessem a troca do relógio medidor de sua residência por um novo.

Após isso, neste mês de julho, ao fazer o download da fatura na internet, quase caiu para trás. O valor da conta foi de R$ 1.800, referente ao mês de junho, mesmo tendo sido pago o boleto anterior. Além disso, foi apresentado outra fatura, esta referente ao mês de julho, de R$ 145.

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BOLETO DO PAGO DO MÊS 06/ Foto: Evangelista Rocha

Para piorar a situação, havia outra conta contrato cadastrada em seu nome, de uma residência localizada na Folha 06, Nova Marabá, onde ela nunca residiu. Para tentar resolver a situação, Francisca e a filha procuraram a sede da Equatorial em Marabá, onde não tiveram qualquer explicação.

Conforme a usuária, a atendente não explicou para ela o motivo do valor exorbitante e sustentou que única saída, para não ter o fornecimento cortado, é fazer o pagamento. A mulher, contudo, alega não ter condições de arcar com essa despesa.

A Reportagem procurou a assessoria de comunicação da Equatorial, que encaminhou nota sobre o caso. A concessionária afirma não aplicar ou cobrar multa dos consumidores. “O que a distribuidora cobra, quando devido, é o consumo não registrado que deixou de ser corretamente medido e faturado, como foi o caso da cliente citada na reportagem”.

De acordo com a empresa, entre setembro de 2020 e abril de 2021, a unidade foi faturada somente pelo custo de disponibilidade/mínimo da fase, ou seja, “valores muito abaixo do consumo real”, diz o posicionamento. Ainda conforme a concessionária, em junho, as equipes da distribuidora fizeram a troca do medidor, na presença da titular da conta, e a fatura recebida trata-se da cobrança da média de consumo do período em que a cliente pagou somente o mínimo da fase. “Essa cobrança é feita de acordo com o que determina a Resolução 414/2010 da Aneel”.

Por fim, a Equatorial orienta no caso de dúvidas em relação ao valor da conta de energia, que o cliente busque informações por meio dos canais de atendimento 0800 091 01 96 ou nas agências de atendimento presencial. (Henrique Garcia)