Correio de Carajás

Ambiente cirúrgico e seus profissionais (IV)

Todos os membros da Equipe Cirúrgica (Cirurgião, Enfermeiro, Anestesista, Assistentes, Auxiliares, Circulante de Sala) são responsáveis pelo posicionamento correto do paciente e identificação dos riscos para garantir a segurança do paciente e proteger de traumas durante a cirurgia.

O Centro Cirúrgico é uma unidade dentro do hospital composta por várias áreas interligadas entre si, a fim de proporcionar ótimas condições para a realização do ato cirúrgico com o objetivo de proporcionar cuidados ao paciente, buscar a recuperação ou melhora do paciente por meio de intervenção cirúrgica.

Um ambiente cirúrgico é uma área restrita em um hospital ou clínica, que é projetada e equipada especialmente para o desempenho de procedimentos cirúrgicos. O Centro Cirúrgico engloba o Bloco Cirúrgico, onde acontecem efetivamente as cirurgias, o Centro de Materiais e Esterilização (CME) e a Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA).

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As salas de cirurgia devem ser mantidas limpas e estéreis, com equipamentos e instrumentos cirúrgicos esterilizados com cuidado. A equipe cirúrgica também deve seguir protocolos rigorosos de higiene e usar equipamentos de proteção individual.

Busca-se cada vez mais aprimorar técnicas e instituir práticas pragmáticas de atuação. O futuro das cirurgias e seu sucesso até o momento está amplamente relacionado a essas práticas, seja desde o preparo das mãos, uma prática clássica e institucionalizada até limpeza dos tecidos vivos, com práticas e substâncias inovadas com frequência.

O que se deve levar de aprendizado são as técnicas e os procedimentos de paramentação da equipe, sempre dando a devida atenção ao preparo das mãos e colocação adequada dos equipamentos de segurança, a importância de se saber nomes e localização dos instrumentos cirúrgicos.

A antissepsia diz respeito à inibição e à remoção de microrganismos patogênicos e impurezas de tecidos vivos por meio de degermação, é a antissepsia de forma sistemática.

Antissepsia consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície. De fato é indiscutível a necessidade de um ambiente cirúrgico que esteja adequadamente preparado, do preparo de instrumentos e do paciente para um procedimento bem-sucedido. Pode ser realizada por meio físico ou químico.

Assepsia é o conjunto de medidas adotadas para impedir a introdução de agentes patogênicos no organismo. O meio físico diz respeito a calor e radiação e também são usados para conseguir esterilização. Por fim, é necessário saber a boa utilização de meios químicos de antissepsia, suas atuações e suas limitações.

O meio químico é o desinfetante antisséptico, é considerado adequado quando tem atividade germicida mesmo na presença de sangue, soro, muco ou pus sem irritar pele e mucosas do paciente. Em geral usa-se álcool, iodo e hexaclorofeno. Sua atuação ocorre por meio da escovação do paciente.

Os álcoois mais usados na antissepsia do sítio cirúrgico são o etílico e o isopropílico em associação com glicerina por ressecarem a pele. Sua ação é bactericida, fungicida e virucida. O iodo é bactericida, fungicida e tem ação relativa sobre vírus; sendo seu composto mais usado com álcool iodado, uma vez que é pouco solúvel em água.

Primeiramente, o Centro Cirúrgico deve estar livre de qualquer tipo de bactéria, por isso a limpeza profunda (retirada dos equipamentos, lavagem de paredes, janelas, ventiladores e ar-condicionado) é feita semanalmente. No fim de cada dia, uma higienização com antissépticos é necessária para não acumular poeiras.

Altera a Resolução – RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002 que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

* O autor é médico especialista em cirurgia geral e saúde digestiva.     

Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.