Enquanto aguarda decisão de quando começa o Parazão, o Águia de Marabá venceu amistoso contra o Bragantino pelo placar de 1 a 0, no Estádio Zinho Oliveira, na tarde de domingo (29).
O primeiro tempo do Águia foi muito morno. A melhor chance saiu dos pés de Balão, em cobrança de falta. O time não teve nenhuma grande chance de gol, mas controlava bem a posse de bola.
O segundo tempo do Azulão veio cheio de mudanças. O treinador Mathaus Sodré trocou mais de meio time e deu resultado. O Águia começou a diminuir mais os espaços, apertando a marcação. Enquanto o centroavante Jheimy não tinha recebido nenhuma bola no primeiro tempo, seu substituto, Luan Parede, no primeiro toque na bola, já marcou. Depois de pressionar a defesa adversária, o meia Wander foi mais esperto que o zagueiro e tomou a bola, rolou para Luan empurrar para o fundo das redes.
Leia mais:Depois do gol, o Águia pressionou pouco. O Bragantino não assustava e o time marabaense tocava mais de lado, sem profundidade. O jogo ficou nisso.
O público razoável que foi para o Zinho Oliveira viu uma equipe que precisa de um pouco mais de agressividade para atacar, pois produziu poucas oportunidades. Se o Águia está mostrando ser um time de poucos gols nesses quatro amistosos, foram 4 tentos marcados até aqui, a defesa vem se mostrando um ponto forte, pois pegou só um gol e poucos sustos diante de Parauapebas, Independente, São Francisco e Bragantino. Todos os zagueiros utilizados mostraram muita seriedade e firmeza.
Difícil ainda saber quem será o time titular na estreia do Paraense, mas algumas substituições surtiram efeitos no segundo tempo. Uma delas é o lateral esquerdo Alan Maia, que mostrou raça e qualidade e caiu nos braços da torcida.
O julgamento sobre o Paraense está marcado para hoje, dia 31 de janeiro, às 11h, no plenário virtual do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), através de videoconferência realizada por meio do sistema Zoom.
O Paragominas acusa o Águia de Marabá e o Bragantino de usarem jogadores irregulares no Parazão 2022. Ainda na Segundinha de 2021, Guga e Hatos, então no Itupiranga, foram expulsos por indisciplina e voltaram no Parazão de 2022, sem cumprirem as suspensões corretamente. Guga devia ficar de fora em 2 jogos e Hatos de 5. Porém, ambos só cumpriram um jogo de suspensão.
Guga atuou pelo Águia e Hatos, depois de passar pelo Cametá, jogou no Bragantino. Aí, a bronca toda se complica, pois os dois times (Tubarão e Águia) afirmam que não são os responsáveis pelas escalações irregulares, por não estarem cientes das mesmas. Até mesmo o Itupiranga foi acusado de não ter comunicado aos atletas suas punições – e nem aos clubes que os contrataram.
Em 2022, após começarem as denúncias, os clubes apresentaram documentos e e-mails que comprovaram a solicitação feita à FPF do documento que indicava quais jogadores estavam aptos e inaptos para jogar o estadual.
A resposta da entidade ao Azulão e ao Tubarão do Caeté chegou somente em março, dois meses depois. Mesmo assim, o advogado do Jacaré vê irresponsabilidade total dos times e crava o Jacaré na disputa.
Diante de todo o imbróglio, o TJD/PA decidiu anular as acusações contra Hatos e Guga. Assim, não haveriam mais punições a cumprir e o Parazão poderia ser iniciado, o que foi questionado pelo Paragominas.
Com isto, o Jacaré, que havia sido rebaixado, pede a exclusão de Águia e Bragantino e, recorre no STJD para resolver a questão.
(Márcio Aquino)