Ocorre neste momento no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá, o júri de Ademar de Souza Lino e Velusiano Mendes de Abreu, ambos réis no processo pelo homicídio que vitimou o então candidato à Prefeitura de Rio Maria, Argemiro Gomes da Silva. O crime ocorreu em 2008 e o júri foi desaforado para Marabá.
No final do ano passado outros dois acusados, Gisvaldo Gratão e José Gilmar Gratão, foram absolvidos após alegaram negativa de autoria. Velusiano é apontado como mandante do crime. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, em agosto aquele ano, a vítima estava fazendo campanha política e quando estava descendo de um veículo para cumprimentar um eleitor acabou surpreendido com um disparo de arma de fogo que atingiu a nuca.
O mais curioso neste caso é ser esta a segunda vez que Velusiano senta no banco dos réus para responder a crime praticado contra a mesma vítima. Em 2017, ele foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio contra o Argemiro. Na situação, o Conselho de Sentença acatou a negativa de autoria.
Leia mais:À época, a denúncia sustentava que ele havia encomendado a morte da vítima enquanto esta era prefeita da cidade e teria negado uma secretaria municipal ao irmão de Velusiano. O crime em questão aconteceu em 1997, quando Argemiro foi alvejado, mas sobreviveu.
Os demais envolvidos neste fato também foram absolvidos em júri. Na ocasião, o réu alegou que a vítima tinha dezenas de inimigos e que era contumaz em forjar tentativas de homicídio para incriminar adversários políticos. Onze anos depois, ele foi assassinado. (Luciana Marschall)