O auxiliar de serviços gerais Diego Souza dos Santos, de 19 anos, acusado de matar Ricardo de Sousa Nascimento, também de 19 anos, durante uma briga de bar na madrugada do último domingo, 3, na Vila Sanção, Em Parauapebas, se apresentou ontem, terça-feira, 5, na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil. Ele foi ouvido pelo delegado José Euclides Aquino e, apesar de ainda está dentro do período de flagrante, como ainda não havia pedido de prisão preventiva contra ele, Diego foi liberado após o depoimento.
Acompanhado por seu advogado, Antônio Araújo, ele contou que foi para a Vila Sansão, que fica próxima à Vila Paulo Fonteles, onde mora, junto com amigos e um irmão, identificado como Diellison, para se divertir em uma festa que ia acontecer em um bar. “Nós chegamos lá por volta de meia-noite e começamos a beber cerveja. Por volta de 2 horas começou uma briga entre dois amigos meus, Gilson, da Vila Sansão, e Thiago, da Paulo Fonteles. Eu fui interferir na briga e aí passei a ser agredido também por outras pessoas, moradoras da Vila Sansão. A confusão aumentou e a briga foi generalizada”, detalhou Diego.
Ele assegurou que não levou nenhuma arma para a festa. Foi apenas com o intuito de ser divertir. No entanto, o acusado afirma não saber como um canivete foi parar em suas mãos. “Eu acho que no meio da confusão alguém me deu o canivete para me defender, porque eu estava sendo muito agredido. Eu apanhei muito, inclusive com pedaço de madeira”, relatou.
Leia mais:Segundo Diego, ele, seu irmão e outros colegas da Vila Sansão apanharam muito. Seu irmão chegou a ser ‘riscado’ a facão por um homem conhecido como Bibi. “Eu cheguei a cair no chão e quando levantei vi que estava sangrando muito na face e na cabeça. Na hora eu desferi um golpe com o canivete, mas não vi se acertei alguém e saí correndo do bar”, diz Diego, que conta que depois ele e os amigos só conseguiram deixar a Vila Sansão porque foram ‘escoltados’ por um homem identificado como Lucas, que portava uma arma de fogo e os acompanhou até a Vila Paulo Fonteles.
Ainda de acordo com o acusado, só na manhã de domingo foi que soube da morte de Ricardo, através do pai dele, que o informou do ocorrido. “Eu fiquei sabendo da morte e também que tinham pessoas atrás de mim querendo vingar a morte de Ricardo. Temendo por minha integridade física e minha vida mesmo, resolvi deixar a vila e me esconder em outro local. Eu também não procurei a polícia no mesmo dia porque fiquei com medo de ser visto por quem estava me procurando”, afirma Diego, dizendo que soube que pessoas foram na casa dos pais dele e também onde mora o filho dele, de três anos, procurar por ele.
O acusado garante que está bastante arrependido do que aconteceu e que na hora desferiu o golpe para se defender. Ele afirma que nunca teve passagem pela polícia e que essa foi a primeira vez que se envolveu em confusão. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)