Correio de Carajás

Acusado de matar caseiro vai a julgamento popular

Está agendado para o dia 1º de abril, às 8h30 da manhã, o Tribunal de Júri que colocará no banco dos réus o colono Valdivino Oliveira da Conceição, conhecido como “Diquim”, preso em 6 de novembro de 2018, exatamente 50 dias depois de ter matado o caseiro Manoel Alves de Souza, o “Negão”, de 54 anos, a golpes de faca no pescoço. O crime aconteceu na Fazenda Viração Grande, que fica na região da Vila Sororó, zona rural de Marabá.

“Diquim” foi preso em casa, na ocupação denominada Bairro Infraero, Núcleo Cidade Nova, em Marabá. O assassinato teria sido motivado por uma desavença entre a vítima, o acusado e outra pessoa de prenome Hélio. Os três trabalhavam juntos fazendo uma cerca na propriedade rural onde tudo aconteceu.

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Segundo a versão apresentada por “Diquim” na época do crime, a vítima não gostava dos filhos de outro funcionário da chácara, de prenome Hélio, que, junto com autor do crime, foram contratados para fazer um trabalho no sítio. Houve uma discussão entre a vítima e Hélio, de modo que este deu uma facada no caseiro, enquanto “Diquim” lhe aplicou várias facadas no pescoço que quase o degolaram.

Só que a versão de Hélio para o Departamento de Homicídios na época do crime não foi essa. Ele disse apenas que “Diquim” foi o único responsável pela morte do caseiro. Inclusive, ficou apurado que acusado estava alcoolizado no dia do crime. A versão dele prosperou, tanto que apenas “Diquim” sentará no banco dos réus.

Na época do crime, o delegado Ivan Silva, que conduziu todo o inquérito e conseguiu a prisão do acusado, já havia deixado claro para a Imprensa de Marabá que já tinha informações que levariam ao autor do crime. “A equipe de Homicídios já apurou o autor do fato”, declarou o delegado, naquela ocasião.

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Responsável pela condução do julgamento popular, o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki já designou o sorteio dos jurados que deverão comparecer à sessão e também mantou oficiar o Comando da Polícia Militar solicitando a segurança do local do julgamento.

(Chagas Filho)