Correio de Carajás

Acusado de matar a esposa e depois tentar suicídio vai responder por tiro acidental

O juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, responsável pelo Tribunal do Júri, desclassificou de homicídio doloso para homicídio culposo, quando não se tem a intenção de matar, a acusação contra Rosimar de Souza Magalhães. Há um ano, em fevereiro de 2017, ele atingiu um disparo de arma de fogo contra a cabeça da companheira, Merleide Nunes da Silva. Em seguida, tentou tirar a própria vida com um tiro na cabeça, mas foi socorrido e sobreviveu.

A defesa alega que o tiro disparado contra a mulher foi acidental e ocorreu enquanto Rosimar tentava matar uma novilha, na Vila União, zona rural de Marabá. Testemunhas ouvidas durante a instrução processual afirmaram que a convivência do casal era boa e que não haviam tido qualquer discussão naquele dia.

Rosimar relatou que havia chamado um vaqueiro da propriedade para matar uma novilha para a festa de aniversário da sogra. Chegando no pasto, ele viu duas novilhas correndo e disse para a esposa que as mataria com um tiro, o que chegou a surpreender a vítima que não sabia que o homem possuía uma arma. Ele afirma ainda ter contado para ela que comprou o armamento após ter sofrido uma ameaça.

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Rosimar orientou que Merleide fosse espantar o gado e a novilha voltou correndo. Nisso, ele também correu e acabou escorregando. Não sabendo manusear a arma, acabou disparando-a e, em seguida, viu que tinha atingido a esposa. Ele conta que entrou em desespero e começou a gritar pedindo socorro, mas ao ver que a mulher estava com o rosto sangrando e sem vida, resolveu se matar. O acusado diz que se lembra apenas de ter colocado a arma na cabeça.

Funcionários da fazenda informaram que era comum ser feito o abate de gado a tiros e que ouviram Rosimar gritar desesperado por socorro após o primeiro disparo e pouco antes do segundo disparo. O magistrado entendeu que circunstâncias apresentadas convergem para um acidente, não acreditando que o marido estivesse planejando uma comemoração familiar e ao mesmo tempo resolvesse matar a esposa e se suicidar, sendo que não havia histórico de problemas conjugais.

O processo deve seguir agora para uma das outras duas Varas Criminais, uma vez que não há mais possibilidade de o acusado ir a Júri Popular. O caso, à época, foi divulgado pelo Jornal Correio. Após atirar contra a própria cabeça, Rosivaldo foi conduzido em estado grave para um hospital particular em Marabá e a arma apreendida e apresentada na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, de onde foi encaminhada para perícia. (Luciana Marschall)

 

O juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, responsável pelo Tribunal do Júri, desclassificou de homicídio doloso para homicídio culposo, quando não se tem a intenção de matar, a acusação contra Rosimar de Souza Magalhães. Há um ano, em fevereiro de 2017, ele atingiu um disparo de arma de fogo contra a cabeça da companheira, Merleide Nunes da Silva. Em seguida, tentou tirar a própria vida com um tiro na cabeça, mas foi socorrido e sobreviveu.

A defesa alega que o tiro disparado contra a mulher foi acidental e ocorreu enquanto Rosimar tentava matar uma novilha, na Vila União, zona rural de Marabá. Testemunhas ouvidas durante a instrução processual afirmaram que a convivência do casal era boa e que não haviam tido qualquer discussão naquele dia.

Rosimar relatou que havia chamado um vaqueiro da propriedade para matar uma novilha para a festa de aniversário da sogra. Chegando no pasto, ele viu duas novilhas correndo e disse para a esposa que as mataria com um tiro, o que chegou a surpreender a vítima que não sabia que o homem possuía uma arma. Ele afirma ainda ter contado para ela que comprou o armamento após ter sofrido uma ameaça.

Rosimar orientou que Merleide fosse espantar o gado e a novilha voltou correndo. Nisso, ele também correu e acabou escorregando. Não sabendo manusear a arma, acabou disparando-a e, em seguida, viu que tinha atingido a esposa. Ele conta que entrou em desespero e começou a gritar pedindo socorro, mas ao ver que a mulher estava com o rosto sangrando e sem vida, resolveu se matar. O acusado diz que se lembra apenas de ter colocado a arma na cabeça.

Funcionários da fazenda informaram que era comum ser feito o abate de gado a tiros e que ouviram Rosimar gritar desesperado por socorro após o primeiro disparo e pouco antes do segundo disparo. O magistrado entendeu que circunstâncias apresentadas convergem para um acidente, não acreditando que o marido estivesse planejando uma comemoração familiar e ao mesmo tempo resolvesse matar a esposa e se suicidar, sendo que não havia histórico de problemas conjugais.

O processo deve seguir agora para uma das outras duas Varas Criminais, uma vez que não há mais possibilidade de o acusado ir a Júri Popular. O caso, à época, foi divulgado pelo Jornal Correio. Após atirar contra a própria cabeça, Rosivaldo foi conduzido em estado grave para um hospital particular em Marabá e a arma apreendida e apresentada na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, de onde foi encaminhada para perícia. (Luciana Marschall)