Correio de Carajás

Acusado de homicídio ainda não se apresentou

Está identificado como Edivan Veras Póvoas o homem procurado pela Polícia, como suspeito de tirar a vida do ex-genro dele, Everson Marinho da Silva, de 31 anos. O crime aconteceu dentro da residência de uma filha do acusado, na Avenida Gaviões, no Bairro Liberdade (Cidade Nova), no final da tarde do último sábado (15). O crime foi cometido com uma facada no peito. Familiares do acusado alegam que o assassinato foi em legítima defesa, mas os parentes do morto pensam diferente e querem justiça.

Por telefone, uma ex-cunhada de Everson – que pediu para não ser identificada – contou que no dia do crime ela encontrou com Everson no balneário da Mocinha. Ele estava bebendo, acompanhado de um amigo e com o filho pequeno, de apenas um ano e cinco meses. Pouco tempo depois a mãe da criança foi atrás da mesma e a levou para casa. Ali começaria a confusão que terminou em morte.

A ex-cunhada do morto diz que voltou para casa e estava tomando banho quando percebeu uma confusão na entrada da residência. Era Everson que foi até lá para pegar o filho de volta. Mas ele estaria embriagado e de moto. Foi aí que ocorreu a discussão entre Edivan, que possivelmente não quis entregar o neto para Everson.

Leia mais:
Everson morreu na sala, após ser esfaqueado pelo ex-sogro, que permanecia foragido

“Quando ele (Everson) ia subir pra cima do meu pai, meu pai se defendeu, dando nele (uma facada)… Não vou justificar uma morte, mas foi em legítima defesa”, relata, ao acrescentar que se tivesse tempo, ela teria tentado impedir o pior, mas ponderou que seu pai já estava “saturado de tudo”.

A mulher confirmou que a família já constituiu advogado, mas disse não saber quando o pai dela vai se apresentar à polícia. Ela denunciou também que Everson sempre agrediu sua irmã, inclusive foi preso por isso. De fato, ele respondia a um processo por violência doméstica, desde 2017.

O outro lado

Também ouvidos por telefone, os familiares de Everson não deram uma versão sobre o caso, mas deixaram claro que não acreditam em legítima defesa. “Estão mentindo, dizendo que foi legítima defesa e não foi”, declarou Deuzirene Silva Santos, prima da vítima, chorando ao telefone.

Inclusive, Deuzirene e a mãe de Everson, Terezinha Marinho da Silva, confirmaram que vão dar uma entrevista na manhã desta terça-feira (18), cobrando Justiça para o caso, pois elas não querem que o assassinato fique impune. “Perdemos pessoa especial na nossa vida”, resumiu Deuzirene. (Chagas Filho e Josseli Carvalho)