Correio de Carajás

Acusado de estuprar a própria filha alega estar possuído pelo demônio

Possuído pelo demônio. Foi isso que justificou Fernando de Sousa Batista, de 34 anos, ao tentar explicar o que o levou a abusar sexualmente da própria filha de apenas 3 anos de idade.

Ele foi preso na manhã de ontem, quinta-feira, em casa, no bairro Primavera, em Parauapebas, por uma equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e já está à disposição da Justiça na Carceragem do Rio Verde.

De acordo com a delegada Ana Carolina, titular da Deam, a mãe da criança, que não teve o nome divulgado, contou que Fernando é pai biológico da menina e, diferente do que havia declarado à família, ele não mantinha muito contato com ela.

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Delegada Ana Carolina diz que o acusado confessou que abusou sexualmente da filha porque estava possuído pelo demônio/Foto: Ronaldo Modesto

No entanto, há poucos meses Fernando a procurou e pediu para voltar a ver a filha. Acreditando que o acusado estava interessado apenas em estreitar os laços paternos com a criança, deixou que ele levasse a menina para passar finais de semana com ele.

No dia 16 de setembro, quando a criança voltou para casa, após ter ido à casa de Fernando, contou para a mãe que o pai tinha colocado o ‘pintinho’ em sua boca mandado ela beijar e lamber. “A mãe contou que perguntou se era o pintinho amarelinho e onde o pai havia encontrado. A menina então respondeu que o pintinho estava dentro da cueca do pai”, detalha a delegada.

Segundo Ana Carolina, ao ouvir a história, a mãe procurou o Conselho Tutelar e depois o acusado, que de início negou as informações da filha e tentou colocar a culpa no padrasto da menina. Depois, por mensagem de WhatsApp, admitiu o crime e disse que fez isso porque estava possuído por espíritos demoníacos.

Ao ser preso, Fernando negou o crime, mas Ana Carolina afirma que as confissões dele pelo WhatsApp, que estão anexadas ao inquérito, são provas de confissão. “A criança fez exames, para tentar ainda encontrar resquício de sêmen, mas provavelmente vai dar negativo, porque a substância fica detectável só três dias no organismo, mas a confissão é prova contra ele”, frisa a delegada. Mais informações sobre o caso amanhã no Jornal CORREIO. (Tina Santos- com colaboração de Ronaldo Modesto)