Imagine que você tem um produto e precisa vendê-lo para garantir seu sustento. Você vai florear esse produto e cuidar dele o máximo possível, com todo cuidado do mundo. A última coisa que você fará é bagunçar seu produto, certo? Pois é, a Federação Paraense de Futebol (FPF) tem conseguido fazer isso: deprecia seu maior produto: o Campeonato Paraense de Futebol.
Explicar-vos-ei!
Quando a FPF coloca as partidas de futebol para as 10 horas da manhã, a entidade sabota a própria competição, porque é impossível para um atleta ter um bom rendimento médio debaixo de um sol escaldante daqueles.
Leia mais:O resultado disso é um jogo fraco tecnicamente, um espetáculo ruim de assistir. Quem vai querer comprar um produto desses?
Custa colocar a partida para as 16h de domingo ou as 19h de sábado?
Caso fizesse isso, a FPF daria ao seu campeonato o lugar que ele merece, até porque os jogos se encaixariam dentro de uma programação de fim de semana. No caso de Marabá, a chance de o torcedor assistir a um bom espetáculo entre Independente e Águia seria bem maior. Além disso, o pós-jogo poderia ser uma boa volta pela Orla do Rio Tocantins.
Mas não! A FPF, de forma inexplicável, marca a partida para as 10 horas da manhã. Se o torcedor, na arquibancada, sentiu o drama do calor, imagina os atletas. Por mais bem preparados que sejam, não dá. Uma prova disso é que o segundo tempo teve duas paradas para hidratação. A moçada terminou o jogo se arrastando.
Foi pior para o Independente, que precisa vencer pra se manter na elite, mas, sem pernas, os jogadores derreteram sob o sol do meio-dia, assim como o próprio campeonato se derreteu um pouco diante dessa loucura.
Alô, FPF! Nosso futebol merece um pouco de sombra e água fresca.
Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.