Dauri Vieira da Silva, 22 anos, foi assassinado a facadas na noite da última quinta-feira (5), no Bairro Vale do Sol, em Parauapebas. A esposa da vítima, Maria Luiza Vieira da Silva, 18 anos, confessou o crime, mas alegou que está arrependida do que fez. A confissão aconteceu na sede da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil.
A Polícia Militar fazia ronda próximo ao local, aproximadamente às 21h, quando encontrou Dauri sendo socorrido por populares. O rapaz chegou com vida ao Hospital Municipal de Parauapebas, mas em torno de duas horas depois de atendido foi ele morreu.
A reportagem não teve acesso ao depoimento da acusada, mas o advogado dela, Tiago Aguiar, disse ao Correio de Carajás que pedirá a liberdade provisória da jovem durante a audiência de custódia, mas, caso o entendimento do juiz não seja pela liberdade, o pedido será pela substituição da prisão preventiva pela domiciliar, pois Maria Luiza é mãe de dois filhos, um menino de 3 anos e uma menina de um ano e sete meses, “que ela ainda está amamentando”.
Leia mais:O advogado ressaltou à reportagem que a cliente dele já registrou dois boletins de ocorrência contra o então marido, em decorrência de agressões a ela e ao filho mais velho, que não era filho de Dauri.
Tiago Aguiar ressaltou ainda que a cliente se desesperou ao descobrir que o marido a traia, “o que veio gerar toda essa fatalidade”.
A mãe de Maria Luiza, Ednalva Silva Ferreira, narrou à reportagem que o relacionamento da filha com o genro era marcado por agressões, tanto à jovem, quanto ao neto mais velho.
“Ela me ligou ontem (um dia antes do crime), dizendo que ele estava traindo ela, e além dela viver sofrendo, e apesar de todo sofrimento dela, ainda descobriu o marido dela tinha outra no local de trabalho dele”, disse a mãe.
Ela conta que a filha reclamou ao marido, mas ele teria dito para ela sair da casa, e que colocaria outra para cuidar da filha dele. “Mas eu jamais pensei que essa situação fosse chegar a esse ponto”. (Theíza Cristhine com informações de Ronaldo Modesto)