A mineradora Vale pretende ressuscitar uma guseira no Distrito Industrial de Marabá, só que agora com nova configuração, com baixa emissão de poluentes, diferente do que ocorria na extinta Ferro Gusa Carajás, que fechou as portas após a crise do setor em 2008.
Nos últimos dias, uma equipe da Vale percorreu a Câmara Municipal e a Associação Comercial e Industrial de Marabá para divulgar que conseguiu a chamada Licença Ambiental para desmobilização das estruturas do projeto Ferro Gusa, onde deverá ser implanta a planta da Tecnored.
Para quem não sabe, a Tecnored é uma planta industrial de gusa de baixo carbono. A tecnologia aplicada possibilita produzir ferro-gusa a partir da substituição de até 100% do combustível fóssil por biomassa e, desta forma, reduzir as emissões de CO2, o que traz boas perspectivas em termos de competitividade e sustentabilidade ambiental.
Leia mais:A inovação apresentada é chamada de gusa verde, produto sustentável, elaborado a partir de vários produtos do campo, como o milho, resíduos de cana de açúcar, caroço de açaí e outras biomassas. O tempo de produção leva somente 70 minutos, contra as 7h ou 8h da gusa tradicional.
A expectativa da Vale é de que a empresa comece a produzir em meados de 2023. Informação obtida pela Reportagem do Correio de Carajás junto à Vale dá conta que a previsão é de produção de 500 mil toneladas de ferro-gusa por ano na nova planta, utilizando como recursos minério de ferro, biomassas e resíduos siderúrgicos diversos. A empresa ainda não prevê a quantidade de empregos a ser gerada na nova guseira.
“Como parte do processo de diálogo junto às esferas estadual e municipal, lideranças da Tecnored reúnem-se com representantes da Prefeitura Municipal, Câmara dos Vereadores e Associação Comercial de Marabá. O objetivo é compartilhar o status do projeto e próximas ações, a fim de consolidar o projeto nos âmbitos ambiental, social e econômico”. (Ulisses Pompeu – com informações da Ascom Vale)