Em coletiva de Imprensa nesta quinta-feira (22), o juiz eleitoral Augusto Bruno de Moraes Favacho, responsável pela 100ª zona, revelou que os militares do Exército não foram autorizados para apoiar na logística das eleições deste ano em Marabá, como era de praxe. Na avaliação do magistrado, o eleitor local amadureceu e vive em processo de percepção política, fato que justifica o não emprego da tropa no pleito.
Instado pelo repórter do Correio de Carajás quanto ao treinamento de mesários, o juiz ponderou que todas as medidas serão adotadas para preservar a saúde de cada um deles. Além disso, revelou ter dispensado quem alegou risco de contaminação pela covid-19. “O cuidado tem de ser redobrado com os voluntários. Todos que alegaram risco para trabalhar nas eleições ou que consideraram os critérios estabelecidos insuficientes, foram prontamente substituídos”, garante Favacho.
Ainda sobre o tema, os mesários da zona urbana estão recebendo o treinamento desde o dia 1º de setembro por meio do Portal de Educação do TSE e do aplicativo da Justiça Eleitoral, disponível nas lojas virtuais Apple Store e Google Play. Já os voluntários da área rural, pela dificuldade de acesso, recebem a mesma capacitação do modo tradicional. Ao todo, Marabá dispõe de 2 mil voluntários para estas eleições.
Leia mais:De acordo com Bruno Favacho, ainda nenhuma denúncia de crime eleitoral foi recebida na sua zona de atuação. “Em geral, os candidatos e os partidos estão se portando de modo bastante democrático. Percebemos urbanidade no trato entre os postulantes. É isso que nós esperamos, realmente. O eleitor merece representantes conscientes da sua função social”, penhora ele.
Marabá possui 684 urnas, distribuídas para as duas zonas eleitorais: 23ª e 100ª. Deste quantitativo, 136 urnas – o equivalente a 20% do total – são para a reserva, caso haja necessidade de substituição.
Também provocado a falar sobre o recente pedido de direito de resposta reclamado pela coligação “Trabalhando por Marabá” contra a “Liberta Marabá”, o magistrado foi preciso. “Nós concedemos o direito de resposta partindo do entendimento de que a mensagem [da Liberta Marabá] não foi veiculada de modo a transmitir ao eleitor os fatos como ocorreram. O eleitor merece a verdade”.
Marabá apresentou índice de abstenção calculado em 18% no pleito de 2018, considerado alto para uma cidade com menos de 200 mil eleitores. Bruno Favacho, porém, está confiante na presença dos cidadãos aos locais de urna, mesmo na pandemia. “As pessoas estão envolvidas no processo democrático. Eu acredito na baixa das abstenções neste ano, porque esta é uma grande festa da democracia”, salienta.
Todos os candidatos a prefeito de Marabá já tiveram os registros de candidatura julgados pelo Tribunal Eleitoral. Prevaleceu o deferimento das cinco chapas na disputa. Já nas eleições proporcionais, dos 348 aspirantes a vereador, apenas um aguarda julgamento. 18 candidatos foram indeferidos, um foi indeferido com recurso e um apresentou renúncia. Os 327 restantes foram deferidos.
A Justiça Eleitoral tem até o dia 26 de setembro para julgar todas as candidaturas. Os candidatos pendentes de julgamento ou indeferidos também têm até esta data para regularizar a situação do registro. “Agradecemos pela colaboração da imprensa na cobertura das eleições. Nosso objetivo é apresentar, ao fim do processo, uma lista de eleitos que reflita a vontade da população”, finaliza Favacho. (Da Redação)