O Departamento de Homicídios está investigando a vida pregressa de Rafael Vinicius Silva Cavalcante, de 21 anos, assim como tenta identificar familiares e parentes dele, para colher informações que possam ajudar a entender o que motivou, de fato, o assassinato dele, ocorrido na tarde de quinta-feira (3). Por enquanto, prevalece a versão de que ele teria tentado assaltar uma pessoa, mas foi baleado pela própria vítima, que até agora a polícia não sabe quem é.
“Uma vez que não houve apresentação espontânea do autor dos disparos fatais, com a finalidade de oitiva e indicação de testemunhas do fato, faz-se necessária a análise conjunta dos laudos de local de crime e necropsia para a compreensão da dinâmica dos fatos e esclarecer se realmente se trata de caso de legítima defesa”, disse o delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas, titular do Departamento de Homicídios.
Logo depois da morte, que se registrou por volta das 14h, na VP-3, na altura da Folha 14 (Nova Marabá), policiais da delegacia especializada estiveram nas redondezas tentando encontrar alguma câmera de segurança que pudesse ter flagrado o crime, mas não há informações de que os policiais tenham encontrado nada.
Leia mais:Rafael Vinícius não portava nenhum documento quando foi morto. Mas ele usava uma tornozeleira eletrônica, deixando claro que se tratava de um presidiário que estava sob liberdade condicional. Daí em diante, a partir da numeração do dispositivo, foi fácil identifica-lo. Ele havia sido condenado por tráfico de drogas, mas tinha recorrido a 2º instância e aguardava em liberdade condicional.
O crime
A guarnição do fiscal de dia, sargento Lilamar, da Polícia Militar, chegou ao local do crime quase ao mesmo tempo que chegou também uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), cujos socorristas tiveram apenas o trabalho de constatar que ele já estava morto.
O sargento Lilamar disse ter recebido informações de populares dando conta que o assaltante que estava de moto com um comparsa tentou atacar uma pessoa que também pilotava uma moto. Acontece, porém, que esta pessoa também estava armada e atirou. O comparsa do baleado conseguiu fugir.
No local do crime, foi encontrado um revólver calibre 38, provavelmente a arma usada por Rafael, que de nada serviu, já que a vítima foi mais rápida no gatilho. Aliás, o atirador misterioso fugiu de moto e ninguém nas redondezas soube dizer quem era essa pessoa. (Chagas Filho e com informações de Josseli Carvalho)