Quando a prefeitura construiu uma ponte na Grota Criminosa, ligando as Folhas 21 e 27 (Nova Marabá), substituindo a ponte antiga, a população aplaudiu a obra. O problema é a poeira que ficou depois do serviço feito. Isso ocorre porque a camada asfáltica foi removida das cabeceiras da ponte. Aliado a isso, os veículos passam em alta velocidade pelo local.
Messias Bezerra, dono de açougue na Folha 21, se vê obrigado a lavar seu estabelecimento quase o tempo todo, porque, do contrário, a poeira toma conta do local. “Muita poeira aqui. Perco mais tempo lavando meu açougue do que vendendo”, declarou, a pedir que a prefeitura envie um carro-pipa pelo menos duas vezes por semana.
Diante do cenário de poeira que toma conta do perímetro, Messias diz que tem até perdido clientes. “Tem gente que nem encosta no açougue quando vê tanta poeira; acabam pensando que a gente que é seboso, mas não é. Eu tento manter aqui todo tempo limpo”, lamenta Messias.
Leia mais:Do outro lado da ponte, na Folha 27, a comerciante Maria de Fátima, mais conhecida como Dona Mariquinha, que mantém uma venda de legumes, frutas e verduras, também denuncia o problema da poeira e pede providências, porque o pequeno negócio que garante sua subsistência está sendo prejudicado.
“Aqui é da onde eu sobrevivo. Mas tem muita poeira, depois dessa ponte. O carro-pipa passa aqui um dia sim e dez não”, reclama, acrescentando que poderia ser colocado um redutor de velocidade no local, porque os veículos passam sempre em alta velocidade.
Prefeitura fala
Por telefone, o titular da Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop), Fábio Moreira, explicou que existem duas pontes feitas recentemente na Grota Criminosa. Uma delas fica entre as Folhas 28 e 20 e lá a concretagem vai começar na semana que vem.
Em relação à ponte das Folhas 21 e 27, a situação é diferente. Segundo ele, a prefeitura já licitou a urbanização de todo aquele perímetro da Grota Criminosa, para fazer uma espécie de anel viário dos dois lados do canal. A licitação foi vencida pela empresa Construfox.
Mas Fábio Moreira explicou que essa obra deve durar algo em torno de dois meses e não garantiu que um carro-pipa vai ser enviado com a frequência que os moradores da área estão pedindo. Enquanto isso são os próprios moradores quem aguam a via todos os dias para se livrar da poeira. (Chagas Filho)