As obras de revitalização da Praça dos Metais, local conhecido popularmente como de ‘Costa para a Rua’, no Bairro Cidade Nova, em Parauapebas, foram iniciadas. O projeto prevê espaço de esporte, lazer, além de melhorias nos boxes de alimentação. No entanto, quem trabalha na região está preocupada em perder o ponto.
Diversos comércios estão instalados às margens da Faruk Salmen, mas serão removidos para finalização das obras. A cozinheira Lidiane dos Santos Silva, conhecida como Tiane, mantém o ponto há oito anos e diz que há dúvidas sobre o local onde serão realocados até o final da obra. “O medo da gente é colocar onde não tem movimento, já estamos vindo de um momento de crise por causa da pandemia”, observa.
Ela conta que que trabalha 12 horas diariamente, recebendo em média entre 12 a 15 clientes no horário de almoço. No estabelecimento são servidos galinhada, peixe, panelada e assado de panela, que é a tradição do espaço. A refeição custa R$ 15 e o prato feito R$ 12.
Leia mais:O medo da cozinheira Agnalda de Castro Moura, que trabalha há 15 anos no local, é semelhante. “Este lugar significa para mim, eu tenho amor pelos clientes. Eu acho que o prefeito não deveria tirar a gente daqui. Mas se ele disse que vai reformar, melhorar para a gente voltar, então a gente vai estar esperando. Este local é uma tradição de Parauapebas”, defende.
A secretária interina de Urbanismo, Selma Dantas, explica que os comerciantes de alimentação serão transferidos para uma área localizada em frente ao Sine e retornarão após a reforma. Quem trabalha com outros segmentos, como salão de cabeleireiro, serralheiro, vendedores de confecções, será alocado em outros espaços comerciais a serem definidos.
O município informou que a praça terá 17.400 m² e contará com pista de skate e de outros esportes radicais, além de quadra de basquete e futsal, ponto de táxi e moto-taxi, parede de escalada e posto da Guarda Municipal. Também haverá um amplo estacionamento. Por fim, será feita a construção de calçadas na Rua A e na Avenida Faruk Salmen. O secretário de Obras, Wanterlor Bandeira, prevê que a obra seja concluída em seis meses. (Theíza Cristhine)