A defesa de R. G. B. vai dar entrada nesta terça-feira (23) em habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará com o objetivo de conseguir a soltura de Robson Guimarães Barbosa, preso nesta segunda (22) em São Geraldo do Araguaia.
No dia 7 de março ele conduzia um veículo Chevrolet Cruze na Rodovia Faruk Salmen, próximo à Palmares II, quando atropelou o casal José Francisco, de 58 anos, natural de Curionópolis (PA), e Zelina Alves, de 52 anos, natural de Bacabal (MA), que trafegava em uma motocicleta. As vítimas morreram na hora.
O acidente foi gravado por câmeras de segurança e o caso ganhou grande repercussão quando as imagens começaram a circular via redes sociais. Após o acidente, o delegado Gabriel Henrique Alves representou pela prisão preventiva do condutor, que foi decretada pela juíza Priscila Mamede Mousinho, titular da 1ª Vara Criminal de Parauapebas.
Leia mais:O mandado foi cumprido pela Polícia Civil de São Geraldo do Araguaia, após apoio solicitado pela Polícia Civil de Parauapebas, ambas no sudeste do Pará. Conforme o advogado Arnaldo Ramos, que atua no caso, o cliente estava trabalhando quando foi informado da prisão e não há razões processuais para se manter a prisão provisória.
“Ele tem curso superior, não ostenta antecedentes criminais, residência fixa e emprego lícito, além de que foi preso em seu local de trabalho, na empresa que ele presta serviços. Todas essas circunstâncias militam a favor dele, o que não se pode é fazer uso de uma prisão preventiva como instrumento de vingança, as prisões preventivas são reservas processuais utilizadas somente quando há risco à garantia da instrução processual ou de uma futura aplicação da lei penal, e na situação nem uma coisa, nem outra justifica o decreto prisional”, declarou.
ACIDENTE
As imagens amplamente divulgadas registraram o casal trafegando na moto e o condutor do automóvel saindo da linha reta em que trafegava, cruzando a via em diagonal e batendo na moto de frente. As vítimas foram arremessadas para o alto e o automóvel capotou.
Testemunhas informaram que após o acidente o condutor do automóvel telefonou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e deixou o local em uma caminhonete que chegou em seguida.
A Polícia Civil suspeita que o motorista estivesse em alta velocidade e sob efeito de álcool, mas ainda não divulgou se as investigações foram concluídas. A defesa destaca a possibilidade de falha mecânica. (Luciana Marschall)