Um adolescente de 15 anos de idade está apreendido suspeito pela morte acidental e ocultação de cadáver de um colega de 11 anos de idade. Outro menor também é suspeito pelo envolvimento no crime que aconteceu na cidade de Brasil Novo, no Sudoeste do Pará, e foi esclarecido no sábado, 13, pela Delegacia de Polícia Civil.
Tudo começou no dia 11 de junho, quando Anderson da Cunha Campos, de 11 anos, saiu de casa por volta de 13h para jogar videogame na casa do colega de 15 anos de idade, que fica a aproximadamente 80 metros de distância de sua residência. A mãe da vítima Nágila Silva da Cunha, começou as buscas horas depois de notar que o filho não aparecera.
Ela fez apelo nas redes sociais pedindo ajuda da população para encontrar o filho que foi considerado desaparecido. Os moradores realizaram diversas buscas nos bairros, casas de familiares e terrenos baldios. “Quero o meu filho. Estou desesperada sem saber o que aconteceu”, dizia a mulher, que recebeu apoio de internautas. Inclusive, os dois suspeitos participaram ativamente nas buscas. Eles acreditavam que ao encontrar o corpo, nenhuma suspeita recairia sobre ambos.
Leia mais:Na manhã de sábado, 13, o corpo do garoto foi encontrado no terreno baldio ao lado da casa do suspeito. O morador Altamiro Garcia percebeu mau cheiro e urubus se aproximando do local e teve a curiosidade de verificar. “Com um pedaço de madeira fui abrindo passagem pelo capinzal e encontrei corpo. Situação muito triste”.
O delegado Theo Reis, da Delegacia de Polícia Civil de Brasil, acionou equipes do IML e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para remover o corpo e periciar o local. E deduziram que o corpo foi jogado no local através do quintal vizinho, que é a casa do suspeito.
Interrogado, o adolescente tentou negar envolvimento na morte, mas depois confessou ao delegado que tudo aconteceu a partir de uma brincadeira e apontou a participação de um colega de 13 anos de idade. “O suspeito contou que estavam na casa e fizeram a brincadeira de rasteira na vítima. O garoto caiu e bateu a cabeça no piso na casa e começou convulsionar. Então, com medo, o adolescente de 15 anos ocultou o cadáver, mas tudo isso ainda será investigado”, declarou o delegado. O garoto de 13 anos de idade negou ocultação de cadáver.
Os suspeitos foram acompanhados pelos pais e representante do Ministério Público durante depoimentos. O inquérito continua aberto para esclarecer a morte e grau de responsabilidade dos envolvidos. (Antonio Barroso/freelancer)