Familiares e amigos do casal Gledson Marcelo Pereira Soares, de 36 anos, e Charlene da Silva Oliveira, de 32, ainda não conseguem entender o que levou Gledson, conhecido como “Ralé”, a matar Charlene e depois tirar a própria vida. Um inquérito policial vai investigar o caso. O crime aconteceu na residência do casal, no Bairro Cabelo Seco, Marabá Pioneira, na noite de quinta-feira (28).
A tragédia se deu por volta das 19h30, ocasião em que a Delegacia de Homicídios de Marabá foi informada sobre um feminicídio seguido de suicídio que tinha acontecido na Velha Marabá. Gledson, o “Ralé”, teria passado quase 24 horas ingerindo bebida alcoólica para comemorar seu aniversário. Quando a mulher dele chegou em casa, ele fez o que fez.
Charlene tinha acabado chegar do trabalho, uma loja na Avenida Antonio Maia, no centro da cidade. Ela foi baleada com dois tiros no rosto. Incontinenti, Gledson atirou na sua têmpora direita. Os dois morreram no local. A arma utilizada era um revólver calibre 38.
Leia mais:Gledson exercia a função de monitor no Centro de Internação de Adolescente Masculino (CIAM). O casal tinha dois filhos adolescentes, que ouviram os disparos, mas não chegaram a ver o momento da tragédia. Eles serão ouvidos pela Polícia Civil assim que tiverem condições psicológicas, segundo informou o delegado Vinícius Cardoso das Neves, diretor da 21ª Seccional Urbana em Marabá.
Os vizinhos do casal não souberam informar se eles mantinham um relacionamento conturbado. Mas, segundo informações colhidas pela polícia no local, os dois sofriam de depressão.
No momento em que os vizinhos ouviram os três disparos a rua ficou tomada de gente. Imediatamente uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada, mas quando os paramédicos chegaram ao local tiveram apenas o trabalho de constatar as duas mortes. (Chagas Filho e Josseli Carvalho)
SAIBA MAIS
Embora atuasse na área da segurança pública, sendo monitor do CIAM, “Ralé” se tornou réu, em fevereiro de 2017, em um processo de homicídio qualificado. Mas o processo estava suspenso desde 2018, porque outras pessoas envolvidas na investigação não foram localizadas.