Diante do cenário adverso causado pela pandemia do novo coronavírus, o Banco da Amazônia (Basa) se propôs a auxiliar empresas de diferentes segmentos que podem ser afetadas pela crise em Marabá. Com isso, cerca de R$ 3 milhões foram liberados por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) Emergencial. Os recursos apoiaram, até então, 34 empresas instaladas no município.
De acordo com o gerente de Pessoa Jurídica da Agência Cidade Nova, Romário Araújo, as operações da linha de crédito emergencial estão limitadas a R$ 100 mil por empresa. “É uma linha em que você tem prazo de pagamento com carência até o início do próximo ano”, explica ele.
Ainda conforme Romário, a taxa de juros cobrada pela instituição na modalidade é de 2,5% ao ano, como de praxe. O contratante tem, por seu lado, a garantia de isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que no geral incide sobre execuções de crédito, como o seu cartão, cheque especial, empréstimos e outras.
Leia mais:Nos demais produtos de crédito oferecidos pela instituição, a ordem dos investimentos supera os R$ 50 milhões. “R$ 40 milhões foram aplicados [em empresas] pelo FNO aqui em Marabá. No entanto, o banco também tem recursos próprios e isso se soma ao valor citado. São mais R$ 17 milhões de outras linhas de crédito, além de R$ 40 milhões do FNO como um todo e R$ 3 milhões do Emergencial”, enfatiza Romário.
O FNO Emergencial é uma linha recém-criada que se destina a pessoas jurídicas, preferencialmente microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas (MPE) que atravessam este período crítico com inúmeras privações.
Romário estima que mais empresas devem aderir ao crédito no município. “Muitas propostas, muitos clientes procurando. Esse volume [de contratações] tende a aumentar nos próximos dias”, finaliza o gerente.
Realidade dura com negócio fechado
Empresária do ramo de confecções em Marabá, Ana Caroline Oliveira é proprietária da Charmosa, empreendimento que tem, somente no Instagram, mais de 27 mil seguidores.
A audiência virtual da Charmosa não tem sido suficiente para estimular a procura dos produtos pelos clientes, reduzindo significativamente o faturamento que o negócio apresentava antes da pandemia.
“Tivemos que nos readaptar. Além de manter as redes sociais atualizadas e fazer delivery, foi preciso buscar apoio financeiro. Estávamos ampliando a loja com recursos próprios e, como esses diminuíram, a saída foi contratar um financiamento”, relata a dona da Charmosa, uma das 34 empresas que lançaram mão do benefício em Marabá.
“Não paramos a reforma da loja. Foi de muita importância este crédito, que foi todo destinado à obra de ampliação da Charmosa. Se não fosse esse capital, teríamos que parar totalmente. Isto nos deu um fôlego muito grande, principalmente pela questão da carência”, complementa a empresária.
A fim de facilitar a vida das empresas interessadas no crédito do FNO Emergencial e que ainda não são clientes, o Basa lançou um novo aplicativo para abertura de conta corrente e cadastro. Por meio dele, a empresa pode abrir uma conta, enviar toda a documentação necessária e, na sequência, solicitar o crédito. (Da Redação)