Correio de Carajás

Primeiro dia de lockdown em Parauapebas teve blitze da PM e pouco movimento nas ruas

Fotos: Theíza Cristhine

O primeiro dia de lockdown em Parauapebas teve as ruas da cidade mais vazias e blitze da Polícia Militar (PM), com orientações sobre as medidas do Decreto Estadual nº 729/2020, que prossegue até o domingo (24). Quem descumprir o decreto será multado em R$ 150 para pessoa física e até R$ 50 mil para os donos de estabelecimentos comerciais. O valor aumenta em caso de reincidência.

O comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar em Parauapebas, tenente-coronel Gledson dos Santos, detalhou ao Portal Correio de Carajás como foi o primeiro dia de lockdown. “Hoje nós fizemos várias operações, iniciou às 9h, primeiramente para fiscalizar e orientar a população”, disse, destacando, entretanto, que as medidas já estão sendo cumpridas.

PA-275 na tarde do primeiro dia de lockdwon

“Barreiras fixas foram montadas em três pontos da cidade, fazendo primeiro a abordagem, com intuito de orientar o cidadão sobre a importância que se cumpra esse decreto. Tem também guarnições móveis que estão circulando nas áreas comerciais para que também orientem os donos de estabelecimento comercial quanto ao funcionamento ou a determinação de fechamento”, detalhou o comandante.

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A partir de quarta-feira (20), destaca, caso as pessoas insistam em descumprir o decreto, serão multadas. A orientação é que ao precisar circular na rua, o parauapebense quando leve documento com foto.

Angelita Oliveira aproveitou para garantir os mantimentos durante lockdown

A dona de casa Angelita Oliveira aproveitou o período da tarde, nesta terça-feira, para fazer compras no supermercado e garantir produtos suficientes até o término da medida. “É uma maneira para evitar sair várias vezes de casa”. Para ela, o lockdown será bom para “evitar que muitas pessoas saiam de casa sem necessidade. A gente tem que ter cuidado para não pegar essa doença, para não atingir a nossa família, fazer o máximo possível”, diz.

Já para o flanelinha Jerônimo Pereira de Alencar, que atua no Bairro Rio Verde, a medida não ajudou, pois ele depende do movimento para conseguir dinheiro. “Desse jeito ficará difícil completar até para o aluguel, já que eu não consegui o auxílio do Governo”, lamenta.

Rua do Comércio vazia

Decreto

Pelo decreto, está proibido que as pessoas transitem nas ruas sem necessidade. Somente poderão sair de casa para comprar alimentos, medicamentos, produtos médico-hospitalares, de limpeza e higiene pessoal, consultas e de exames médico-hospitalares, inclusive como acompanhante, para saques e depósitos de dinheiro, e para realização de trabalho nos serviços e atividades considerados essenciais. (Theíza Cristhine)