Faisal Salmen foi um dos responsáveis pelo movimento que culminou na emancipação de Parauapebas, em 1982, sendo eleito o primeiro prefeito da capital dos minérios. Formado em medicina em São José do Rio Preto, mudou-se para região em 1984 para atuar na área e foi um dos primeiros moradores do município quando este ainda era vila.
Como médico, atendeu a população local e tornou-se referência para trabalhadores, que vieram atraídos por empregos na mineração. Ao ver o potencial da região e a luta destas pessoas, brotou em Faisal o desejo de fazer ainda mais, enveredando para a carreira política.
Ele revela que durante mandato – de 1989 a 1992 – o principal desafio era administrar “um município de 17.400 mil quilômetros quadrados, que ia até a fronteira de Ourilândia, abrangia Canaã dos Carajás, Água Azul…”, relata.
Leia mais:Conforme ele, uma das vitórias enquanto ex-prefeito foi o aumento da arrecadação municipal, através da Lei dos Royalties. “Ficamos seis meses com pouca arrecadação, ICMS baixo e o IUM (Imposto Único sobre Minerais) caía na conta do município de Marabá. Fui pra Minas, lutamos, e com prefeitos mineiros conseguimos os royalties”, relembra.
O brasão, o hino e a bandeira de Parauapebas foram criados ainda no mandato de Faisal, assim como a criação e regulamentação dos primeiros bairros, prioridades do ex-prefeito que tinha o objetivo de colocar cada morador em um lote.
Aos poucos, as ruas de terra deram lugar ao asfalto, Parauapebas se tornou o lugar para sonho e a realização de pessoas de todo o Brasil, que chegaram na cidade em busca de oportunidade. Trinta e dois anos após a criação, Faisal, revela estar “feliz e orgulhoso”, mas ainda não de forma plena.
“Penso que nossa cidade poderia ser melhor, devemos todos os segmentos da sociedade juntos, começarmos a buscar outras alternativas econômicas para nossa cidade. Não viver só da extração do minério”, defende.
Dentre as principais obras do mandato, Faisal Salmen construiu o Estádio Rosenão, estradas, pontes, centro de captação de águas, pontes, prédios públicos, igrejas, creches, escolas e postos de saúde. (Theiza Cristhine e Ronaldo Modesto)