A Polícia Civil de Marabá divulgou nesta sexta-feira (24) ter desarticulado uma organização criminosa especializada em executar pessoas em Marabá. Uma ação da Operação Thanatus – que na mitologia grega era a personificação da morte – foi desencadeada pela Superintendência Regional do Sudeste do Pará na quarta-feira (22), quando foi cumprido mandado de prisão preventiva contra Joe Luiz Silau Junior.
Ele é acusado pela morte de Jhonatan da Silva Araújo, de 29 anos, ocorrida em 13 de julho do ano passado, no interior de um bar no Balneário das Mangueiras. Nesta quinta (23) foi cumprido mandado de prisão preventiva contra Mairon da Costa Fontes, conhecido como Felipão. Conforme divulgado, a Polícia Civil investiga desde 2018 o grupo de extermínio que estava agindo na região.
Em decorrência desta mesma operação, na madrugada do dia 10 de agosto de 2019, Felipão foi preso em uma boate de Marabá, acusado pela morte de Antônio Marcos Maia, registrada no Núcleo Cidade Nova, em agosto de 2018. Na época, já era apontado como suspeito de outras três execuções.
Leia mais:O mandato de prisão desta quinta foi cumprido no presídio Metropolitano de Belém, onde está recolhido pela morte de Antônio Carlos e também de Máximo Carlos Bezerra, ambos assassinados no mesmo dia.
“Antônio Maia, infelizmente, estava no local errado e na hora errada, pois ele não era o alvo — ele se parecia com Máximo Carlos, o alvo de fato — além do que estava no mesmo local e horário em que Máximo estaria no momento em que aconteceu o crime”, informou a Polícia Civil.
Duas horas após a execução equivocada de Antonio, Felipão teria atirado contra Máximo, no mesmo bairro, acompanhado de Bruno Rodrigues dos Santos, preso também em 2019. A Polícia Civil afirma que antes de ser preso Felipão ainda praticou outros crimes, inclusive contra Jhonatan da Silva Araújo, desta vez acompanhado de Joe Luiz Silau Júnior, preso nesta quarta.
A investigação apontou que enquanto Mairon efetuava os disparos contra a vítima, Joe Luiz o aguardava na direção de um veículo para dar fuga do local do crime. Joe, conforme a Polícia Civil, também é conhecido por ser muito perigoso e autor de outros homicídios. “As investigações prosseguem objetivando colher outros elementos de prova, além de identificar outras possíveis vítimas do bando e possíveis coautores e criminosos associados”, finalizou a divulgação da Polícia Civil. (Luciana Marschall)