Entre os corpos que deram entrada no Instituto Médico Legal (IML) de Marabá esta semana está o caso de um homem de 27 anos, natural dos Estados Unidos. Ele estava na cidade não se sabe há quanto tempo e morreu no Hospital Municipal de Marabá (HMM), onde foi procurar atendimento com quadro de febre alta, desconforto respiratório e confusão mental. Até o momento a causa da morte está indeterminada.
Além dos sintomas guardarem certa semelhança com o coronavírus, também chamou atenção o fato de que os agentes funerários que levaram o cadáver ao IML estarem usando Equipamento de Proteção Individual (EPI), que lhes protege da cabeça aos pés.
Por outro lado, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marabá (Ascom) informou que o paciente – cuja identidade será preservada por motivos óbvios – morreu, na verdade, por uma overdose.
Leia mais:Além disso, a Assessoria de Comunicação observou que os corpos de mortos com suspeita de covid-19 não são encaminhados ao IML, mas passam por um protocolo que determina sepultamento imediato e de caixão fechado, sem rituais de funeral.
A Ascom informou também que os agentes funerários estão usando os EPIs como normas de segurança e não por se tratar de caso suspeito de coronavírus.
A reportagem apurou com outras fontes que o paciente teria sofrido overdose de heroína. Mas apuramos também que profissionais lotados no IML estariam receosos de tocar no corpo, embora ninguém tenha confirmado isso oficialmente.
O CORREIO entrou em contato com o delegado que estava de plantão no dia que o corpo do estadunidense deu entrada no IML para saber se ele pediu coleta de material para fazer exame que seja capaz de descobrir qual a causa da morte, mas o delegado ainda não respondeu ao questionamento. (Chagas Filho)