Está designada para o dia 2 de setembro, às 9 horas da manhã, no Fórum de Justiça de Marabá, a audiência de instrução sobre a morte de Fabbllu Ohara de Lima Gonçalves, assassinado em 29 de janeiro deste ano pelo amigo dele, Vinícius Nogueira Gatti, que foi preso no dia 3 de fevereiro. Ocorre que este último foi solto no último dia 2 deste mês, beneficiado, junto com outros detentos, por medida de segurança referente ao risco de contágio de Coronavírus.
A data da audiência foi designada pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Marabá, em decisão interlocutória, com mandado de citação e intimação, assinada no dia 1º deste mês. Na mesma audiência, o Poder Judiciário recebeu a denúncia contra Gatti e deu a ele prazo para oferecer defesa, por escrito, com todas as alegações e documentos que sua defesa achar necessários.
Tornozeleira
Leia mais:Por telefone ao CORREIO, o advogado Erivaldo Santis, que defende Vinícius Gatti nesta ação criminal, confirmou que seu cliente está utilizando tornozeleira eletrônica. Explicou também que a liberdade condicional foi obtida praticamente dois meses depois o pedido formal ao Judiciário.
Ainda segundo ele, devido ao fato de o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ter orientado os juízes em relação aos riscos de contaminação por Covid-19 dentro das cadeias, isso solidificou mais ainda a decisão pela liberdade provisória de Vinícius Gatti. “A questão do Coronavírus só veio ajudar”, resume o advogado.
COMO FOI
Conforme amplamente divulgado por este CORREIO, a partir da informação de pessoas ligadas ao caso, o tiro que tirou a vida de Fabbllu foi acidental. Vinícius teria exibido uma pistola que acabara de comprar e, ao manuseá-la, deu um único e certeiro tiro na cabeça do amigo.
O acusado não permaneceu no local, mas antes ligou para o SAMU, confessou o que tinha ocorrido e pediu atendimento para Fabbllu, mas já era tarde.
SAIBA MAIS
O assassinato de Fabbllu Ohara aconteceu no interior da casa de Vinícius Gatti, na Rua Simplício Costa, Novo Horizonte. Após o ocorrido, o acusado teria jogado a arma do crime no Rio Itacaiúnas, ao passar pela ponte durante a fuga, segundo seu depoimento à autoridade policial. (Chagas Filho)