Correio de Carajás

Acusado de matar Yuri Torres confessa crime

Está praticamente esclarecido o assassinato de Cícero Yuri Mota Torres, que trabalhava com marketing de eventos. O autor do crime, identificado apenas pelo prenome de “Wilker”, se apresentou à Polícia Civil no final da tarde da última terça-feira (22), acompanhado de um advogado. Ele prestou depoimento confirmando ter sido o autor da facada que tirou a vida do jovem de 28 anos, mas alega que o crime aconteceu durante uma luta corporal e que agiu em legítima defesa.

O assassinato aconteceu na madrugada de sábado (20) dentro do condomínio em que moravam a vítima e o acusado. Yuri foi atingido com uma faca de mesa no pescoço, que cortou uma artéria vital, causando profunda hemorragia e morte. Nem mesmo a chegada de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi capaz de salvá-lo.

Como o acusado se apresentou à polícia espontaneamente depois do período de flagrante (24 horas após o delito) e não há mandado de prisão contra ele expedido pelo Poder Judiciário, Wilker deve responder ao crime em liberdade, uma vez que também se comprometeu em não sair da cidade. Mas, por outro lado, nada impede que no decorrer das investigações a delegada Raissa Beleboni, do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, peça a prisão preventiva do acusado.

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Na manhã desta quarta-feira (23), a delegada conversou com a Imprensa sobre o assunto. Ela fez questão de refutar uma primeira versão – apresentada ao Jornal CORREIO por pessoas ligadas à vítima – de que a morte teria sido motivada por uma briga em razão de um som alto. As informações que ela colheu tanto do acusado quanto de testemunhas (cerca de 10 pessoas) indicam uma confusão um pouco mais complexa.

Yuri deu uma festa em sua quitinete na noite de sexta (19), estendendo-se pela madrugada de sábado, e em dado momento da confraternização entre amigos, Yuri convidou Wilker, que era seu vizinho, para se unir a eles no consumo de bebida alcoólica. Além de se divertirem na residência da vítima, eles ainda foram para uma boate da cidade e depois regressaram para o condomínio. Foi aí que se iniciou a confusão que teria um desfecho fúnebre.

O COMEÇO DA CONTENDA

De acordo com a delegada Raissa Beleboni, a discussão ente vítima e acusado teve início quando Wilker se negou a continuar bebendo após voltarem da boate, enquanto Yuri insistia que eles continuassem a bebedeira. Mas não foi só isso. Comentários a respeito de uma mulher que bebia com eles, por parte de Yuri, também serviram para acirrar os ânimos.

“O suspeito alega que a discussão começou fora do apartamento dos dois, mas não houve nesse momento luta corporal; que Yuri estava bastante embriagado e passou a fazer afirmações sobre ciúme de uma das mulheres que estavam com eles na festa, gerando então essa discussão”, relata a delegada, acrescentando que a briga, de fato, entre os dois ocorreu depois que Yuri foi até a quitinete de Wilker, segundo depôs o acusado.

“A briga – segundo o suspeito durante o interrogatório – ocorreu depois que o Yuri foi até o apartamento dele, bateu à porta e quando o suspeito abriu, eles já entraram em luta corporal e, segundo ele, para se defender, se apoderou de uma faca e desferiu uma facada que atingiu uma artéria de Yuri fazendo com que ele não resistisse aos ferimentos”, relata a delegada.

“Resumidamente, ele (Wilker) confessa ter desferido a facada, mas alega ter agido em legítima defesa e informa que não tinha intenção de provocar o resultado morte”, resume Raissa Beleboni, acrescentando que o acusado confirma ter fugido de taxi e ficou escondido esperando o melhor momento para se apresentar, dizendo-se arrependido.

Departamento de Homicídios busca contradições

A delegada Raissa Beleboni chama atenção para o fato de que a vítima e o acusado estavam bastante embriagados quando se digladiaram e um acabou matando o outro. Por isso, a versão apresentada pelo acusado também apresenta algumas lacunas, como o local exato da briga entre ambos.

Diante disso, a versão do acusado Wilker está sendo confrontada com a das testemunhas e, agora, ao longo da continuação das investigações, o Departamento de Homicídios espera demonstrar quais afirmações são verdadeiras ou não, já que durante a realização do exame pericial, foi constatada grande quantidade de sangue na garagem e não no apartamento do acusado, onde, segundo ele, teria ocorrido a briga.

Vale dizer que a garagem do edifício fica no térreo e os apartamentos dos envolvidos ficam três lances de escada acima. “Através do trabalho pericial, confrontando com as informações colhidas pelo depoimento das testemunhas, será possível que a gente apure, de fato, a completa dinâmica do crime”, aposta a policial.

Raissa Beleboni disse creditar que esta versão da legítima defesa – apresentada inicialmente à Polícia Civil – será mantida pelo advogado da vítima durante todo o processo judicial que ele enfrentará.

BOATO

Logo após a morte de Yuri, circulou pela rede social uma informação falsa atribuindo a autoria do crime a um amigo muito próximo de Yuri, “Esta acusação não procede”, afirma a delegada, acrescentando que antes de fazer comentários em perfis públicos, as pessoas precisam saber o que estão dizendo.

“Ele (Yuri) realmente postou uma foto (no Facebook), marcou um amigo; eles estiveram juntos naquela noite, mas este não foi o autor da facada que resultou na morte dele”, reafirma a delegada.

(Chagas Filho)

Está praticamente esclarecido o assassinato de Cícero Yuri Mota Torres, que trabalhava com marketing de eventos. O autor do crime, identificado apenas pelo prenome de “Wilker”, se apresentou à Polícia Civil no final da tarde da última terça-feira (22), acompanhado de um advogado. Ele prestou depoimento confirmando ter sido o autor da facada que tirou a vida do jovem de 28 anos, mas alega que o crime aconteceu durante uma luta corporal e que agiu em legítima defesa.

O assassinato aconteceu na madrugada de sábado (20) dentro do condomínio em que moravam a vítima e o acusado. Yuri foi atingido com uma faca de mesa no pescoço, que cortou uma artéria vital, causando profunda hemorragia e morte. Nem mesmo a chegada de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi capaz de salvá-lo.

Como o acusado se apresentou à polícia espontaneamente depois do período de flagrante (24 horas após o delito) e não há mandado de prisão contra ele expedido pelo Poder Judiciário, Wilker deve responder ao crime em liberdade, uma vez que também se comprometeu em não sair da cidade. Mas, por outro lado, nada impede que no decorrer das investigações a delegada Raissa Beleboni, do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, peça a prisão preventiva do acusado.

Na manhã desta quarta-feira (23), a delegada conversou com a Imprensa sobre o assunto. Ela fez questão de refutar uma primeira versão – apresentada ao Jornal CORREIO por pessoas ligadas à vítima – de que a morte teria sido motivada por uma briga em razão de um som alto. As informações que ela colheu tanto do acusado quanto de testemunhas (cerca de 10 pessoas) indicam uma confusão um pouco mais complexa.

Yuri deu uma festa em sua quitinete na noite de sexta (19), estendendo-se pela madrugada de sábado, e em dado momento da confraternização entre amigos, Yuri convidou Wilker, que era seu vizinho, para se unir a eles no consumo de bebida alcoólica. Além de se divertirem na residência da vítima, eles ainda foram para uma boate da cidade e depois regressaram para o condomínio. Foi aí que se iniciou a confusão que teria um desfecho fúnebre.

O COMEÇO DA CONTENDA

De acordo com a delegada Raissa Beleboni, a discussão ente vítima e acusado teve início quando Wilker se negou a continuar bebendo após voltarem da boate, enquanto Yuri insistia que eles continuassem a bebedeira. Mas não foi só isso. Comentários a respeito de uma mulher que bebia com eles, por parte de Yuri, também serviram para acirrar os ânimos.

“O suspeito alega que a discussão começou fora do apartamento dos dois, mas não houve nesse momento luta corporal; que Yuri estava bastante embriagado e passou a fazer afirmações sobre ciúme de uma das mulheres que estavam com eles na festa, gerando então essa discussão”, relata a delegada, acrescentando que a briga, de fato, entre os dois ocorreu depois que Yuri foi até a quitinete de Wilker, segundo depôs o acusado.

“A briga – segundo o suspeito durante o interrogatório – ocorreu depois que o Yuri foi até o apartamento dele, bateu à porta e quando o suspeito abriu, eles já entraram em luta corporal e, segundo ele, para se defender, se apoderou de uma faca e desferiu uma facada que atingiu uma artéria de Yuri fazendo com que ele não resistisse aos ferimentos”, relata a delegada.

“Resumidamente, ele (Wilker) confessa ter desferido a facada, mas alega ter agido em legítima defesa e informa que não tinha intenção de provocar o resultado morte”, resume Raissa Beleboni, acrescentando que o acusado confirma ter fugido de taxi e ficou escondido esperando o melhor momento para se apresentar, dizendo-se arrependido.

Departamento de Homicídios busca contradições

A delegada Raissa Beleboni chama atenção para o fato de que a vítima e o acusado estavam bastante embriagados quando se digladiaram e um acabou matando o outro. Por isso, a versão apresentada pelo acusado também apresenta algumas lacunas, como o local exato da briga entre ambos.

Diante disso, a versão do acusado Wilker está sendo confrontada com a das testemunhas e, agora, ao longo da continuação das investigações, o Departamento de Homicídios espera demonstrar quais afirmações são verdadeiras ou não, já que durante a realização do exame pericial, foi constatada grande quantidade de sangue na garagem e não no apartamento do acusado, onde, segundo ele, teria ocorrido a briga.

Vale dizer que a garagem do edifício fica no térreo e os apartamentos dos envolvidos ficam três lances de escada acima. “Através do trabalho pericial, confrontando com as informações colhidas pelo depoimento das testemunhas, será possível que a gente apure, de fato, a completa dinâmica do crime”, aposta a policial.

Raissa Beleboni disse creditar que esta versão da legítima defesa – apresentada inicialmente à Polícia Civil – será mantida pelo advogado da vítima durante todo o processo judicial que ele enfrentará.

BOATO

Logo após a morte de Yuri, circulou pela rede social uma informação falsa atribuindo a autoria do crime a um amigo muito próximo de Yuri, “Esta acusação não procede”, afirma a delegada, acrescentando que antes de fazer comentários em perfis públicos, as pessoas precisam saber o que estão dizendo.

“Ele (Yuri) realmente postou uma foto (no Facebook), marcou um amigo; eles estiveram juntos naquela noite, mas este não foi o autor da facada que resultou na morte dele”, reafirma a delegada.

(Chagas Filho)