Correio de Carajás

Turismo local e turismo externo: verdades

Há muito tempo, quase duas décadas atrás, convivíamos com outra realidade. Dos grandes shows e feiras, Marabá tomava a liderança na região por promover e conseguir encher a cidade de visitantes e isso a tornou referência regional e nacional. Os shows e as feiras respondiam com a promoção de negócios, pessoas vinham comprar máquinas e produtos do comércio local e para ver as atrações nacionais. Sem contar que a Praia do Tucunaré também estava nesse circuito e fez o seu nome. Se tudo era melhor, se era mais fácil eu não sei, mas como era interessante para os turistas internos e externos. Mesmo as pessoas locais se encantavam e não perdiam esse momento prazeroso, era muita gente a circular e a consumir, se hospedavam, usavam os meios de transporte e tudo se transformou num grande movimento turístico.

O turismo interno ou local se beneficia da comunidade local, o turista é o próprio morador que vai em busca de novas experiências, conhecer e consumir bons produtos junto com a sua família em locais, buscam momentos inesquecíveis. Quanta saudade temos do Festival da Canção, do Maraluar, da Feira da Indústria e do Comércio, das Feiras da Expoama do passado, como tudo aquilo era encantador, parecia incomum, extraordinário a atrair multidões.

Sem perceber, como turista local que somos, temos uma satisfação em relembrar os momentos destes eventos que participamos, essa história está na mente de muitos, tínhamos mais admiração pela cidade e já aprendíamos a tratar bem, ser cordial com o turista externo e todos éramos beneficiados pelos resultados de trazer pessoas para cá, nossos hotéis, bares, restaurantes e a própria gestão pública recolhia mais impostos, com reflexo na melhoria de vida dos marabaenses. Receber turistas é uma experiência muito agradável e estávamos evoluindo rápido. É a porta de entrada de dinheiro novo no meio econômico.

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Se é possível encantar como turista local pessoas acostumadas com nossos produtos, por outro lado, nos dias atuais com o advento da internet rápida e das imagens dos smartphones é muito fácil ver o que as cidades têm, e o turista externo é muito exigente ao procurar conhecer o que há de diferente, de exótico, único, que fascina por ser diferente.

Turistas externos

Os turistas externos buscam experiências novas, querem conhecer lugares que proporcionem novas sensações, aromas, sabores e novas excitações. Nisto, espera um atendimento quase perfeito, sejam das agências de turismo, dos transportes e guias, dos receptivos e emitivos.

Temos deixado de lado essa perspectiva de atração externa e mesmo a movimentação interna. Isso é consequência da falta de eventos do calendário cultural, dos recursos públicos, do bom uso por parte da iniciativa privada nestas programações, de se apropriarem no sentido de verem uma grande oportunidade de negócios não apenas para si, mas, para os demais empresários, irmanados numa causa comum, de descobrir e ofertar segundo a necessidade e anseios destes consumidores importantes, para que voltem outras vezes.

O olhar do turista externo é diferente dos habitantes desta região, há de encontrar novidades, nos cenários, nas paisagens, nas pessoas, no jeito de falar, na gastronomia, na cultura, na história, coisas que já sabemos, que, para nós, não são novidades, mas são interessantes para eles. As paisagens e a natureza, os rios, as praias, o jeito de preparar um peixe, o gosto do pato no tucupi, do açaí, do cupuaçu e outras coisas mais, tudo isso deve ser supervalorizado pelos marabaenses quando se referirem para pessoas que estão tendo a primeira sensação.

 

 

Há muito tempo, quase duas décadas atrás, convivíamos com outra realidade. Dos grandes shows e feiras, Marabá tomava a liderança na região por promover e conseguir encher a cidade de visitantes e isso a tornou referência regional e nacional. Os shows e as feiras respondiam com a promoção de negócios, pessoas vinham comprar máquinas e produtos do comércio local e para ver as atrações nacionais. Sem contar que a Praia do Tucunaré também estava nesse circuito e fez o seu nome. Se tudo era melhor, se era mais fácil eu não sei, mas como era interessante para os turistas internos e externos. Mesmo as pessoas locais se encantavam e não perdiam esse momento prazeroso, era muita gente a circular e a consumir, se hospedavam, usavam os meios de transporte e tudo se transformou num grande movimento turístico.

O turismo interno ou local se beneficia da comunidade local, o turista é o próprio morador que vai em busca de novas experiências, conhecer e consumir bons produtos junto com a sua família em locais, buscam momentos inesquecíveis. Quanta saudade temos do Festival da Canção, do Maraluar, da Feira da Indústria e do Comércio, das Feiras da Expoama do passado, como tudo aquilo era encantador, parecia incomum, extraordinário a atrair multidões.

Sem perceber, como turista local que somos, temos uma satisfação em relembrar os momentos destes eventos que participamos, essa história está na mente de muitos, tínhamos mais admiração pela cidade e já aprendíamos a tratar bem, ser cordial com o turista externo e todos éramos beneficiados pelos resultados de trazer pessoas para cá, nossos hotéis, bares, restaurantes e a própria gestão pública recolhia mais impostos, com reflexo na melhoria de vida dos marabaenses. Receber turistas é uma experiência muito agradável e estávamos evoluindo rápido. É a porta de entrada de dinheiro novo no meio econômico.

Se é possível encantar como turista local pessoas acostumadas com nossos produtos, por outro lado, nos dias atuais com o advento da internet rápida e das imagens dos smartphones é muito fácil ver o que as cidades têm, e o turista externo é muito exigente ao procurar conhecer o que há de diferente, de exótico, único, que fascina por ser diferente.

Turistas externos

Os turistas externos buscam experiências novas, querem conhecer lugares que proporcionem novas sensações, aromas, sabores e novas excitações. Nisto, espera um atendimento quase perfeito, sejam das agências de turismo, dos transportes e guias, dos receptivos e emitivos.

Temos deixado de lado essa perspectiva de atração externa e mesmo a movimentação interna. Isso é consequência da falta de eventos do calendário cultural, dos recursos públicos, do bom uso por parte da iniciativa privada nestas programações, de se apropriarem no sentido de verem uma grande oportunidade de negócios não apenas para si, mas, para os demais empresários, irmanados numa causa comum, de descobrir e ofertar segundo a necessidade e anseios destes consumidores importantes, para que voltem outras vezes.

O olhar do turista externo é diferente dos habitantes desta região, há de encontrar novidades, nos cenários, nas paisagens, nas pessoas, no jeito de falar, na gastronomia, na cultura, na história, coisas que já sabemos, que, para nós, não são novidades, mas são interessantes para eles. As paisagens e a natureza, os rios, as praias, o jeito de preparar um peixe, o gosto do pato no tucupi, do açaí, do cupuaçu e outras coisas mais, tudo isso deve ser supervalorizado pelos marabaenses quando se referirem para pessoas que estão tendo a primeira sensação.