A Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), em parceria com a Divisão de Operações e Investigações Especiais da Polícia Civil (Dioe), apreendeu, na Grande Belém, uma tonelada e meia de carne que estava imprópria para consumo humano. Em duas outras operações, foram confiscados 350 kg de peixe e outros 1,8 mil kg de carne, após os fiscais e agentes da Polícia Rodoviária Federal constatarem as cargas sendo transportados de forma irregular, de forma que não poderiam ser consumidas.
As 21 peças de carne bovina foram apreendidas na noite de segunda-feira (11). Vieram em um caminhão baú de Breu Branco, no sudeste paraense, e deveriam ser desembarcadas no bairro do Bengui, em Belém. Mas um açougue do Marco estava fazendo o desembarque e algumas das peças estavam no piso do baú. A nota fiscal do produto estava inconsistente e o veículo foi apreendido para averiguação.
O alimento acondicionado inadequadamente já esverdeado e com temperatura acima do permitido estava sendo transportado em um baú isotérmico, com aparelho de refrigeração quebrado. Por não haver como descartar a carne de maneira segura, na noite de segunda, o alimento foi inutilizado para consumo humano na manhã seguinte. Foram lavrados autos de apreensão e inutilização.
Leia mais:Ação – A Adepará desenvolve esse tipo de ação com foco na importância de retirar o alimento de circulação e impedir o consumo ou comercialização de comidas impróprias e que podem colocar em risco a saúde da população. Para isso, há uma parceria entre a Agência e a Dioe para combater fraude e adulteração de alimentos de origem animal.
“A Adepará e as entidades fiscalizadoras promovem o controle ativo sobre a qualidade dos alimentos, mas é importante a participação do consumidor final, observando data de validade e aspectos da embalagem” – Marcos Braga Alves, da Gerência de Carnes, Ovos e Derivados.
Pescado – Dois dias depois, os fiscais foram novamente acionados. Dessa vez, agentes da Polícia Rodoviária Federal de Santa Maria do Pará chamaram os servidores da Adepará em Castanhal. Um carregamento de peixe, que, segundo os proprietários da mercadoria, saiu da feira do Ver-o-Peso, foi apreendido, totalizando 350 kg, e estava sendo transportado sem refrigeração e em caixa de papelão reutilizado. A carga foi destruída.
O ideal para o pescado resfriado (in natura) é ser acondicionado em caixa isotérmica com gelo suficiente para sua conservação até o final do transporte. Os fiscais da Adepará, quando acionados, vão ao local e fazem os procedimentos administrativos, como auto de Infração e termo de apreensão.
“Se a carga estiver estragada, é destruída de acordo com a lei sanitária. Se tiver aproveitamento, é feita a reinspeção do produto que é doado a entidades filantrópicas” – Melina Nobre, gerente da regional da Adepará em Castanhal.
No caso de fiscalização móvel, o trabalho preventivo feito pela Adepará é a Educação Sanitária, através de orientação aos produtores e transportadores de animais e produtos de origem animal e vegetal. Os fiscais fornecem informações sobre a documentação correta para o transporte e o veículo adequado para cada tipo de produto.
No mesmo dia 13 de fevereiro, a equipe de fiscalização volante foi chamada por agentes da PRF de Castanhal e encontrou um caminhão frigorífico, na barreira da PRF, em Castanhal, e o sistema de refrigeração da carga do veículo não estava funcionando. Resultado: má conservação da carne durante seu transporte. Os 1,8 mil kg do alimento foram também inutilizados.