Em meio a tantas mortes registradas no sul e sudeste do Pará durante a virada do ano, um acidente de trânsito ocorrido por volta das 4 horas desta quarta, dia 1º de janeiro, pode colocar mais uma vítima entre as estatísticas negativas do réveillon.
Wellinton Barbosa Mota, de 21 anos, estava na Vila Sororó, zona rural de Marabá, passando a virada do ano com familiares e amigos. Após a festa, ele já estava a caminho da zona urbana de Marabá, em uma motocicleta pilotada pelo primo, Rafael Santos, quando os dois colidiram com outra moto na Rodovia BR-155.
Segundo o irmão de Wellinton, Marcos Barbosa Mota, não há muitas informações sobre como a colisão ocorreu. “No Hospital Municipal de Marabá (HMM) nos informaram apenas que meu primo e o outro motoqueiro foram levados para o Hospital Regional de Marabá, devido terem quebrado ossos de algumas partes do corpo, como o braço. Meu irmão foi levado para o HMM, pois aparentemente ele não havia se machucado muito”, conta Marcos.
Leia mais:A situação, entretanto, era mais grave que aparentava e somente após já estar no HMM foi descoberto que o jovem era quem estava mais gravemente ferido, devido ter sido diagnosticado um traumatismo crânio encefálico. Por esse motivo, ele precisava com urgência de uma transferência para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional.
Após os relatos do irmão de Wellinton, a Reportagem do Correio de Carajás entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (SESPA) para obter informações sobre a situação da transferência do rapaz. Em nota, a SESPA solicitou o número do paciente na Central Estadual de Regulação para apurar melhor o caso. No entanto, segundo Marcos, esse número não foi informado pelo HMM, apenas entregaram para ele o documento abaixo:
A Reportagem do Correio de Carajás procurou então a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marabá, para questionar sobre a informação desse número, para que, assim, a SESPA pudesse dar continuidade na sua apuração. Foi apresentado para a assessoria do município também o documento entregue a Marcos. Entretanto, o município enviou o seguinte posicionamento:
“Este documento em anexo é o número de regulação ao qual pode ser identificado o paciente. O numero de prontuário só será expedido quando o mesmo der entrada no Hospital Regional. Com o documento em anexo, pode- se identificar dentro da regulação do Regional, o status para a admissão do paciente.“
Após novo contato com Marcos, ele retornou à unidade de saúde questionar o número de regulação, mas recebeu a informação de que esse código não existe, apenas o documento entregue a ele. Enquanto dura a burocracia, Wellinton segue internado na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) do HMM, aguardando transferência. A Reportagem do Correio de Carajás segue acompanhando o caso. (Zeus Bandeira)