Centenas de pessoas buscam o prédio do Comitê Gestor do Bolsa Família, localizado na entrada da Marabá Pioneira, diariamente para inúmeras demandas. A maioria delas é beneficiária do Bolsa Família, programa federal de auxílio à faixa da população de baixa renda, e comparece ao local para se cadastrar ou recadastrar. Muita gente vem de longe e perde quase todo o dia na fila a espera de senha para receber atendimento. É o caso de Clemice da Silva, moradora da Vila de Murumuru, no núcleo São Félix.
Segundo disse ao CORREIO, ela recebeu um comunicado que a convocava para o recadastramento no Programa Bolsa Família. No entanto, como demorou a realizar o procedimento, teve o benefício cortado e por isso resolveu correr atrás para regularizar sua situação.
Clemice tem cinco filhos e chegou ao prédio às 7h30 para reaver o benefício de R$117, que recebe há oito anos. “Era para eu ter vindo no dia 21, mas só agora que eu vim”. Ela contou à reportagem que o dinheiro é de grande ajuda em casa, uma vez que não tem profissão e o marido vive de bicos, trabalhando como pedreiro.
Leia mais:Outro beneficiário, Fábio Xavier da Silva, morador da Vila Cruzeiro do Sul, está cadastrado há seis anos no programa e chegou mais cedo ao local, às 6h30. Ele tem um filho de 11 anos e recebe R$265 pelo Bolsa Família. O homem, que é trabalhador rural, buscou o órgão para se recadastrar, após receber a notificação.
Ele faz parte das 13.897 pessoas inscritas no programa, que representam aproximadamente 18,14% da população de Marabá. Mãe de oito filhos, Maria Lindalva Pereira Barroso reside no Bairro Araguaia e recebe R$524 de Bolsa Família. “Meus filhos todos estudam. Eu uso o dinheiro para comprar lápis, caderno, chinelo e comida para eles. É um reforço e tanto”, comenta.
Lindalva disse à reportagem que o dinheiro também a ajuda a quitar as contas e que junto do último pagamento foi avisada sobre a necessidade do recadastramento.
Hoje, em Marabá, o Cadastro Único (CadÚnico), que permite o acesso ao programa, tem 35.897 beneficiários. Moradora da Folha 6, na Nova Marabá, Maria Diana Rodrigues Feitosa, tem quatro filhos e também usa os R$117 do benefício que recebe com eles. “Eu compro material para as crianças, alimentação e calçado também”.
Interessada em fazer parte do programa, Maria José da Conceição, moradora do Residencial Tocantins, no Bairro São Félix, compareceu ao Comitê para cadastrar suas filhas e torcer para ter seu cadastro aprovado. “Eu acho que estou habilitada e espero que dê tudo certo, pois tô precisando muito”, resumiu.
Números
35.897 inscritos no CadÚnico
13.897 inscritos no Bolsa Família
18,14% da população recebe
Cadastro deve ser renovado a cada dois anos
Uma das exigências do Programa Bolsa Família é o recadastramento das famílias de dois em dois anos. Como muitas pessoas deixam de realizar o procedimento dentro do prazo em Marabá, as filas se agigantam e geram transtornos para quem obedece a data indicada.
“Um dos maiores problemas é que as pessoas devem atualizar o cadastro de dois em dois anos, e elas não o fazem. Se esquecem de atualizar e, às vezes, o sistema cruza alguma inconsistência na renda e o benefício é suspenso”, afirma Benezilda Pereira Lima, coordenadora do Programa Bolsa Família em Marabá.
No entanto, segundo ela, essa situação vem mudando aos poucos na cidade porque o governo tem buscado alternativas para melhorar o atendimento. A coordenadora informa que todos os procedimentos referentes ao programa federal também podem ser feitos nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do município.
Em Marabá existem quatro unidades do Cras, um em Morada Nova, outro na Folha 13, há centro também no Bairro Amapá e no Bairro Bela Vista. Benezilda informou também que a quantidade de beneficiários do programa aumentou significativamente, elevando o número de atendimentos no mês de maio, por exemplo, a cinco mil.
Ainda segundo a coordenadoria do Bolsa Família, cerca de 160 a 200 pessoas são atendidas diarimante no no Comitê. O atendimento ao público acontece de segunda a quinta-feira. “Quando a gente está muito sufocado e não tem o sistema, a gente remarca e agenda. Ninguém volta sem uma situação definida”, garante Benezilda.
Ela ainda alerta que não há necessidade de chegar de madrugada ao órgão, porque quem não consegue senha é agendado para voltar em dia determinado para resolver sua demanda. (Nathália Viegas)
Centenas de pessoas buscam o prédio do Comitê Gestor do Bolsa Família, localizado na entrada da Marabá Pioneira, diariamente para inúmeras demandas. A maioria delas é beneficiária do Bolsa Família, programa federal de auxílio à faixa da população de baixa renda, e comparece ao local para se cadastrar ou recadastrar. Muita gente vem de longe e perde quase todo o dia na fila a espera de senha para receber atendimento. É o caso de Clemice da Silva, moradora da Vila de Murumuru, no núcleo São Félix.
Segundo disse ao CORREIO, ela recebeu um comunicado que a convocava para o recadastramento no Programa Bolsa Família. No entanto, como demorou a realizar o procedimento, teve o benefício cortado e por isso resolveu correr atrás para regularizar sua situação.
Clemice tem cinco filhos e chegou ao prédio às 7h30 para reaver o benefício de R$117, que recebe há oito anos. “Era para eu ter vindo no dia 21, mas só agora que eu vim”. Ela contou à reportagem que o dinheiro é de grande ajuda em casa, uma vez que não tem profissão e o marido vive de bicos, trabalhando como pedreiro.
Outro beneficiário, Fábio Xavier da Silva, morador da Vila Cruzeiro do Sul, está cadastrado há seis anos no programa e chegou mais cedo ao local, às 6h30. Ele tem um filho de 11 anos e recebe R$265 pelo Bolsa Família. O homem, que é trabalhador rural, buscou o órgão para se recadastrar, após receber a notificação.
Ele faz parte das 13.897 pessoas inscritas no programa, que representam aproximadamente 18,14% da população de Marabá. Mãe de oito filhos, Maria Lindalva Pereira Barroso reside no Bairro Araguaia e recebe R$524 de Bolsa Família. “Meus filhos todos estudam. Eu uso o dinheiro para comprar lápis, caderno, chinelo e comida para eles. É um reforço e tanto”, comenta.
Lindalva disse à reportagem que o dinheiro também a ajuda a quitar as contas e que junto do último pagamento foi avisada sobre a necessidade do recadastramento.
Hoje, em Marabá, o Cadastro Único (CadÚnico), que permite o acesso ao programa, tem 35.897 beneficiários. Moradora da Folha 6, na Nova Marabá, Maria Diana Rodrigues Feitosa, tem quatro filhos e também usa os R$117 do benefício que recebe com eles. “Eu compro material para as crianças, alimentação e calçado também”.
Interessada em fazer parte do programa, Maria José da Conceição, moradora do Residencial Tocantins, no Bairro São Félix, compareceu ao Comitê para cadastrar suas filhas e torcer para ter seu cadastro aprovado. “Eu acho que estou habilitada e espero que dê tudo certo, pois tô precisando muito”, resumiu.
Números
35.897 inscritos no CadÚnico
13.897 inscritos no Bolsa Família
18,14% da população recebe
Cadastro deve ser renovado a cada dois anos
Uma das exigências do Programa Bolsa Família é o recadastramento das famílias de dois em dois anos. Como muitas pessoas deixam de realizar o procedimento dentro do prazo em Marabá, as filas se agigantam e geram transtornos para quem obedece a data indicada.
“Um dos maiores problemas é que as pessoas devem atualizar o cadastro de dois em dois anos, e elas não o fazem. Se esquecem de atualizar e, às vezes, o sistema cruza alguma inconsistência na renda e o benefício é suspenso”, afirma Benezilda Pereira Lima, coordenadora do Programa Bolsa Família em Marabá.
No entanto, segundo ela, essa situação vem mudando aos poucos na cidade porque o governo tem buscado alternativas para melhorar o atendimento. A coordenadora informa que todos os procedimentos referentes ao programa federal também podem ser feitos nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do município.
Em Marabá existem quatro unidades do Cras, um em Morada Nova, outro na Folha 13, há centro também no Bairro Amapá e no Bairro Bela Vista. Benezilda informou também que a quantidade de beneficiários do programa aumentou significativamente, elevando o número de atendimentos no mês de maio, por exemplo, a cinco mil.
Ainda segundo a coordenadoria do Bolsa Família, cerca de 160 a 200 pessoas são atendidas diarimante no no Comitê. O atendimento ao público acontece de segunda a quinta-feira. “Quando a gente está muito sufocado e não tem o sistema, a gente remarca e agenda. Ninguém volta sem uma situação definida”, garante Benezilda.
Ela ainda alerta que não há necessidade de chegar de madrugada ao órgão, porque quem não consegue senha é agendado para voltar em dia determinado para resolver sua demanda. (Nathália Viegas)