Interpelado por garimpeiros nesta terça-feira, 5, em Brasília (DF), o presidente Jair Bolsonaro disse que tomará providências contra a destruição de máquinas realizada durantes as operações do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na região. Em um vídeo gravado antes da reunião, os garimpeiros pedem providências ao presidente, que solicita a identificação dos agentes que realizaram a operação que fechou garimpos ilegais e destruiu máquinas usadas na extração ilegal.
Bolsonaro se comprometeu ainda a analisar as outras demandas apresentadas pelos garimpeiros, que pedem a liberação de lavra dos garimpos que estão operando de forma clandestina. Os garimpeiros, em protesto contra as ações do Ibama e também para pressionar o governo a liberar licenças, fecharam na semana passada quatro rodovias no sul e sudeste do Estado.
Duas delas, a PA-279, em Ourilândia do Norte, e a BR-155, em Eldorado do Carajás, ficaram bloqueadas por cinco dias. A BR-155, que tinha sido bloqueada no dia 29 só foi liberada por ordem judicial na tarde de sexta-feira, 1º.
Leia mais:Na manifestação, os garimpeiros fecharam ainda as BR-158 e PA-287, em Cumaru do Norte, no sul do Pará. As duas rodovias também foram liberadas na sexta-feira, após os garimpeiros receberem a confirmação da reunião que aconteceu ontem, em Brasília.
Segundo os garimpeiros, na reunião realizada, o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, pediu um prazo de 30 dias para que junto com os ministérios ligados ao assunto, discutir medidas para atender as demandas dos garimpeiros do País, dando enfoque a situação no Pará.
Eles concordaram com o governo e dizem que vão aguardar o prazo dado para tomar novas decisões. No entanto, não descartam voltar a fazer manifestação, caso não haja avanços nas negociações. (Tina Santos)