Uma das paradas mais longas de Nossa Senhora é a homenagem oferecida pela Prefeitura de Marabá, que tradicionalmente mantém um palco na VP-8, em local estratégico da passagem do cortejo que leva a imagem da mãe de Jesus.
O palco da PMM contou com a participação da celebrada cantora paraense Lucinha Bastos, mas também houve apresentação dos tenores Patrícia Oliveira e Idaias Solto, que soltaram a voz e emocionaram os fiéis. Também se apresentaram Júnior Oliveira, Maestro Tynoco e a banda da Fundação Casa da Cultura de Marabá.
Lucinha Bastos, que já participou do Círio de Marabá em outras ocasiões, disse que sempre é uma emoção cantar em um evento de homenagem a Nossa Senhora. “A gente acaba recebendo a energia positiva das pessoas que olham menos pra si e mais para os outros. Isso tudo é resumido em uma palavra: gratidão”, disse ela, que também convidou a amiga Nilva Burjack, de Marabá, para cantar com ela no palco.
Leia mais:Presente à homenagem, o prefeito Tião Miranda exaltou a devoção a Nossa Senhora que o marabaense faz há 39 anos. “A gente vê a cada ano o nosso Círio crescer mais. É um momento especial para a Igreja Católica. A devoção à Maria é feita com muita fé em nossa cidade. É um momento especial para o município de Marabá e toda região. Considero muito importante ter esse tipo de evento aqui. A festa está muito bonita e a gente organiza a cidade para receber os romeiros”.
Tião disse que vários órgãos da Prefeitura estão trabalhando na logística do Círio, que seja por meio do Samu, DMTU e até mesmo os garis, que limpam o trajeto logo depois de terminada a romaria”. A gente procura deixar sempre a cidade limpa. Vai passando a procissão e os garis já vem atrás e vão limpando o que deixaram. No término da procissão a cidade já está toda limpa. Isso é muito importante, mostrando que estamos preparados e organizados para receber nossa Santa”.
Derocy Sales da Silva, de 74 anos de idade, paga promessa no Círio porque pediu para Nossa Senhora interceder para que Deus lhe desse uma casa e a graça foi recebida. A minha era de madeira e consegui construir. Eu disse que no dia que essa benção fosse alcançada eu levava uma representação da casa na cabeça no trajeto do Círio. Estou muito emocionada, desculpa”, disse ela à reportagem do CORREIO. Ela conta que passou quatro anos comprando material, aos poucos, e construindo, com sacrifício, mesmo sem ter marido. “Terminei ano passado, antes do Círio, mas não pude vir porque eu tinha passado por uma cirurgia. Daqui para frente, todo ano eu venho”. (Bianca Levy)