O prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, recebe neste momento, na sala de reuniões da Prefeitura Municipal, representantes de quatro aldeias da etnia Xikrin, localizadas na Terra Indígena Xikrin do Cateté, que apresentam uma pauta contendo diversos itens requeridos pelas comunidades. Eles foram atendidos após realização de manifestação na porta do órgão público.
Na pauta consta, como prioridade, a reconstrução urgente da Casa de Apoio à Saúde Indígena, localizada às margens da Rodovia Raimundo Mascarenhas, próximo ao Núcleo Urbano de Carajás, na Floresta Nacional de Carajás, com a intermediação e parceria da Prefeitura com a empresa Vale e a Secretaria Especial de Saúde Indígena.
O secretário municipal de Obras, Wanterlor Bandeira, conversou com o Correio de Carajás há pouco e informou que haverá amanhã, quarta-feira (16), uma reunião com o Poder Judiciário para tratar da reconstrução do espaço. “O local está em condições precárias e é necessário um plano emergencial para a retirada das pessoas que estão lá e que seja reconstruído imediatamente”, explicou.
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Ainda de acordo com Bandeira, a partir desta quinta-feira (17), equipes da Secretaria Municipal de Urbanismo (Semurb) e Secretaria de Planejamento (Seplan) darão suporte às aldeias em relação à Internet Rural e à reconstrução de trechos e de pontes da estrada que dá acesso à terra indígena. “A equipe vai in loco dar treinamento para as pessoas, sobre a internet rural, e haverá equipe permanente de limpeza nas quatro aldeias”, em relação à cobrança por doação ou cessão de uso de roçadeiras para serviços de limpeza.
Ainda na pauta em discussão, está a construção, nas aldeias, de campos de futebol gramados, com arquibancadas, vestiários e banheiros e a construção da Casa de Guerreiro em cada aldeia que, segundo os indígenas, já possuem levantamento realizado pela Secretaria de Obras.
Na Aldeia Pokró, querem a construção de escola municipal, de unidade de saúde e de poço artesiano. Para todas as aldeias, os Xikrin cobram apoio à produção agrícola, incluindo serviços de gradeamento, assistência técnica e doação e plantio de mudas de açaí e cacau para as aldeias, sendo indicado o quantitativo de cada espécie: 20 mil mudas para a aldeia Kateté, 10 mil mudas para a Djudjekô, 1 mil para Aldeia Ôodjã, 1 mil para a Pokró, conforme o calendário agrícola.
Por fim, eles querem apoio para traslado, hospedagem e alimentação para participarem de reunião com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), em Brasília (DF), contabilizando que a aldeia Ôodjã terá delegação de 20 indígenas, a Kateté de 42 indígenas, a Djudjekô de 44 indígenas e a Pokró de cinco indígenas.
O Correio de Carajás entrou em contato com as assessorias de comunicação da Prefeitura Municipal de Parauapebas e também da Mineradora Vale e aguarda o envio de posicionamentos acerca das reivindicações dos Xikrin. (Luciana Marschall e Theiza Chisthine)